A greve na Finep continua forte. Nem a pressão feita pela direção da empresa, de corte do ponto, foi capaz de diminuir a adesão. A certeza de que este é o melhor caminho para garantir o cumprimento do acordo, fez com que o funcionalismo da Finep aprovasse, por unanimidade, em assembléia, nesta segunda-feira, a manutenção da paralisação.
A decisão foi tomada em função de não ter havido qualquer avanço em relação à exigência motivadora da greve, que é o cumprimento do acordo, assinado em dezembro último. Para o Sindicato e a Afin, o corte do ponto é uma atitude arbitrária típica dos governos de direita, que tem por objetivo tentar intimidar o funcionalismo, além de ser ilegal.
O Sindicato já está tomando as providências jurídicas e políticas para enfrentar esta coação. Não podemos admitir que no governo Lula, dirigentes de uma empresa pública federal afrontem o direito de greve, previsto pela Constituição, e adotem atitudes que ficariam melhor num governo tucano-pefelista.
CUT: ajuda na solução do impasse
O presidente do Sindicato, Vinícius de Assumpção, esteve em São Paulo, nesta segunda-feira, com os presidentes da CUT, Artur Henrique, e com o da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Wagner Freitas. Os dois comprometeram-se a fazer gestões junto ao governo federal, para encontrar uma solução para o impasse na Finep. As duas entidades realizam, ainda, outros contatos em Brasília, com o mesmo objetivo.
No Rio, também nesta segunda, os diretores do Sindicato, Vera Luiza e Ronald Carvalhosa e o diretor da Afin Luiz Carlos Brandt reuniram-se com o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). O parlamentar se comprometeu a fazer gestões junto à base do governo no Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar o Departamento de Salários das Estatais (Dest) e a direção da Finep a respeitar o acordo. (Fonte: bancáriosrio.org.br)
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