quinta-feira, 28 de julho de 2011

O DESCASO COM A EDUCAÇÃO

O governo do Estado do Rio de Janeiro procura o pior caminho para resolver a greve dos profissionais da educação. O silêncio, o judiciário e o caminho do desgaste do movimento. Hoje os professores da rede pública estadual do Rio de Janeiro tem um dos menores pisos salariais do país e portanto, as reivindicações desta categoria são legitimas.

Tenho sérias críticas a condução da categoria por parte da atual direção do SEPE a muito tempo, mas isto não pode servir de desculpas por parte dos governador Sérgio Cabral para "derrotar" a categoria. É preciso neste momento sentar e dialogar, resolver o impasse na mesa de negociações. Ao invés de dialogar a Secretaria Estadual de Educação informou ontem que irá descontar, a partir de 1º de agosto, quando as aulas serão retomadas após o recesso de meio de ano, se a greve continuar. Esta possibilidade foi conquistada na justiça. Um absurdo e que revela todo o descaso com a educação.

Triste realidade da nossa educação, fundamental para o futuro de gerações. Até quando a educação será tratada em segundo plano nas políticas públicas?  A Educação não é caso de justiça, é preciso entender que precisamos debater a qualidade em sala de aula e fora dela e isto passa prioritariamente pela valorização de seus profissionais.

2 comentários:

  1. Óbviamente o salário do professor não é o ideal. Mas eu perguntaria: Que
    servidor público estadual possui um salário ideal?

    O professor estadual ganha cerca de R$765 por 16h de aula. Essa carga de
    trabalho semanal deixa espaço para uma segunda matrícula e ampliação da
    jornada. Contra-cheque de R$765, por 16h de trabalho está absolutamente
    dentro da renda do brasileiro, que tem renda média de R$1.400,00 para uma
    jornada de 44 horas semanais. Isso sem contar que o valor da hora/aula no RJ
    é de quase 11 reais

    O problema de fato é que o SEPE é extremamente partidário e tem seus
    candidatos, que ao passo que as eleições se aproximam, precisam aparecer,
    nem que isso custe o aprendizado dos alunos e o ponto dos professores.

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  2. Só falta agora os bombeiros acusarem o SEPE de plágio. Esse sindicato copiou
    todo movimento dos bombeiros. Não teve criatividade e tem a cara dura de
    mostrar um contra-cheque com carga horária de 16h enquanto as outras
    categorias do país cumprem 44h semanais.

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