Desde a criação do Programa Bolsa Família, sempre disse que o mesmo não era apenas um programa assistêncialista, como boa parte da imprensa tentava passar a imagem para a sociedade brasileira. Ele na verdade é um grande instrumento de inclusão social e que os seus resultados mais concretos levariam alguns anos para serem vistos. O Bolsa Família também é um programa econômico, já que em várias pequenas cidades brasileiras, ele tem uma grande importância no movimento da economia local. São milhões que são jogados no consumo de forma muito rápida, já que esta fatia da população não tem condições de poupar e usar praticamente todo os recursos no consumo imediato da sua família e parte disto retorna ao governo através dos impostos.
O Bolsa família foi criado em 2003 e até este ano deixaram de receber o benefício, quase 6 milhões de famílias e os motivos são os mais variados. Em torno de 40% dos ex-beneficiários fazem parte de núcleos familiares que aumentaram sua renda per capita e não se enquadram mais na atual faixa de pagamento do benefício, destinado a grupos com renda mensal de até R$ 70 por pessoa ou rendimento individual mensal na faixa que vai de R$ 70 a R$ 140.
Outras dezenas de razões justificam o cancelamento da transferência no período, como por exemplo o não cumprimento de condicionalidades na área de educação e saúde (117 mil famílias), revisão cadastral não concluída (613,1 mil famílias) e até mesmo decisão judicial (20 mil famílias). Nas contas do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o estoque de famílias que tiveram as transferências canceladas por aumento de renda per capita é de 2,227 milhões nos últimos oito anos.
Muitas delas conseguiram um emprego formal e podem ser identificadas a paritr da base de dados da relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, além de pequenos empreendedores que montaram um negócio.
Os números do Bolsa Família explica um pouco a inclusão de milhões de brasileiros e brasileiras na classe média e outros milhões que saíram da pobreza extrema.
Fonte: MDS (Ministério do Desenvolvimento Agrário) e Blog do Artur Henrique, Presidente da CUT
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