O Jornalista Fernando Molica * na edição do Jornal O Dia, desta quarta-28, escreveu um artigo sobre a polêmica da divisão dos royalties do petróleo. Opinião que compartilho totalmente.
A luta dos estados produtores para manter o pacto anterior sobre a divisão dos royalties, como é o caso do estado do Rio de Janeiro, acho super justa e se não for revista pela presidenta Dilma, abrirá um precedente muito perigoso, com outros debates.
Mas é preciso debater uma distribuição mais igualitária, preservando os direitos dos estados produtores, mas entendendo que isto é uma riqueza nacional e não pode apenas ficar concentrada em alguns estados. O Pré-Sal está ai para isto. Mas o maior debate ninguém quer fazer:
Qual a real destinação desses recursos?
Hoje temos municípios super ricos e suas populações super pobres, este dinheiro não chega na ponta para melhorar as condições de vida, gerar emprego e renda, ou melhorar a educação e a saúde. O que vemos são escolas depredadas, seus profissionais ganhando pouco e os hospitais e os postos de sáude sem as mínimas condições de atender dignamente o cidadão e cidades altamente favelizadas.
Como fala o Fernando Molica "Mas a manifestação de segunda-feira passada teria sido mais representativa se, ao longo dos anos, a importância dos royalties tivesse sido percebida pela população. Muitas de nossas cidades estão penduradas no dinheiro do petróleo, o problema é que o uso desse mundão de grana nem sempre é notado."
Sou daqueles que é preciso carimbar os recursos para a educação e a saúde, proibindo estados e municípios de usar os royalties com outra destinação. Hoje servem para tudo, projetos mirabolantes, pagamentos de shows e festivais com grandes atrações e "ações que servem apenas para alavancar e sustentar carreiras políticas..." afirma Molica.
Precisamos realmente construir uma carta-compromisso relacionada à aplicação dos recurso dos royalties. definindo metas e, principalmente, a garantia do controle público (da sociedade) dos investimentos. Assim poderemos construir um outro país para futuras gerações, com uma educação e saúde de qualidade, enfim, um Brasil justo e fraterno pata todos e todas.
* Fernando Molica é jornalista e escritor
DEU NO BLOG DOS AMIGOS DO PRESIDENTE LULA:
ResponderExcluirOdair Cunha faz o possível na CPI. Temos que criticar é Miro Teixeira, Taques, o PMDB e demotucanos.
A CPI do Cachoeira é um colegiado que tem 34 parlamentares titulares. Destes, só 5 são do PT e 2 do PCdoB.
Os demais partidos, salvo um ou outro parlamentar, são vozes discordantes em diversos temas. A maioria da base governista que apoia Dilma está também na bancada da Veja, da Globo.
O PDT, por exemplo, tem Miro Teixeira (RJ) e Pedro Taques (MS) que se aliaram aos demotucanos para blindar a imprensa e o Procurador-Geral, mesmo diante de tantas evidências.
O PMDB que, na época em que Renan Calheiros (AL) era alvo da Veja cogitou abrir uma CPI para investigar o Grupo Abril, não quis comprar brigas, preferindo fazer um acordão de bastidores com os barões da mídia.
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Agora digo eu:
Lamento discordar. Mas é necessário.
Não sou da oposição. Ao contrário, sou petista de carteirinha e fundador do partido, ainda hoje militando na base onde já fui presidente da legenda. Tudo com muito orgulho.
Mas, para valer o raciocínio dessa postagem do "Amigos do Presidente Lula" a posição política deveria ser outra.
Se havia risco do relatório não ser votado, que se retirasse as partes citadas.
Mas, imediata e principalmente, que se apresentasse essa mesma parte retirada como proposta de emenda aditiva ao relatório. Ainda que apresentada por outro parlamentar do PT que não o relator. Óbvio.
Que os tais parlamentares da bancada da Veja e de proteção ao Procurador votassem a favor do relatório sem "aquelas partes" e que também votassem contra a emenda aditiva trazendo as "partes retiradas" de volta.
Que eles paguem o mico da subordinação aos interesses escusos da Veja, Globo e cia. com seus votos.
Ao se submeter dessa forma o PT se acovardou. Não há outra interpretação.
Sinto muito. O PT está deixando a desejar. O golpe está sendo armado e o PT permanece que nem o "bom cabrito", que não berra nunca.
Jango Goulart também achou que o comício do Rio seria suficiente para segurar seu governo. A história nos conta a barbárie a que o povo brasileiro foi submetido a seguir, a partir do 1º de abril e por vinte e cinco longos anos.
QUEM SE ABAIXA DEMAIS MOSTRA OS FUNDILHOS...
ResponderExcluirO PT e o deputado Odair Cunha retiraram trechos do relatório da CPMI do Cachoeira para agradar alguns hipócritas.
Agora, já saiu no Estadão.com:
BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira corre o risco de terminar em pizza, sem a aprovação de relatório final com as conclusões das investigações. Mesmo depois do recuo do relator Odair Cunha (PT-MG),que desistiu de pedir o indiciamento de cinco jornalistas e da investigação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, parte da base aliada na CPI, capitaneada pelo PMDB, uniu-se ao PSDB e ameaça derrubar todo o relatório final do petista ou sequer votar o documento.
Um dos argumentos dos aliados para rejeitar o texto final é o pedido de indiciamento do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, por seis crimes. Governistas e tucanos alegaram que Cunha "politizou" o documento ao propor o indiciamento apenas de Perillo, deixando de fora o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiróz. "Assim como a imprensa e o procurador-geral, a questão do governador de Goiás também é uma cortina de fumaça para evitar a discussão de outros temas", afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que decidiu votar a favor do relatório depois das mudanças feitas pelo relator.
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É isso... quem muito se abaixa...