DIA DE GARRINCHA E SÃO SEBASTIÃO

Ontem - domingo, 20 de janeiro - completou 30 anos que perdemos a maior alegria do nosso futebol, Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha. Seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas, fizeram alegria da torcida alvinegra e também da brasileira. É considerado por alguns o maior jogador de futebol de todos os tempos e o mais célebre ponta-direita da história do futebol.

 

Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé se tornou o principal jogador do time brasileiro. A força do seu carisma ficou marcada rapidamente nas palavras do poeta Carlos Drummond de Andrade, numa crônica publicada no Jornal do Brasil, no dia 21 de janeiro de 1983, um dia após a morte do genial Garrincha:

 

"Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.".

 

Também foi dia do padroeiro da cidade mais linda a charmosa do mundo, o Rio de Janeiro, São Sebastião. Originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano, Diocleciano

 

No Brasil, ele é celebrado com festas e feriados no dia 20 de janeiro, ontem, como padroeiro de várias cidades, além do Rio de Janeiro. Vejam algumas dessas cidades.

• Xapuri, no Acre; Ilhéus na Bahia. Rio Verde em Goiás; Montes Claros em Minas Gerais; Altamira no Pará; Paranavaí no Paraná; Caruaru em Pernambuco; Bagé no Rio Grande do Sul; Presidente Prudente em São Paulo; Barra Mansa, Três Rios, Aperibé e Araruama no Rio de Janeiro.

O Garrincha, ainda que pouco lembrado pela mídia, poderia ser tratado como um santo do futebol brasileiro e ele "escolheu" o dia do padroeiro da cidade onde ele tanto brilhou para nos deixar.