O ProUni vem sendo super importante para o processo de inclusão social feito pelas políticas do Governo Federal. Ao todo, 73,4% dos universitários que concluíram o ensino superior em 2011 com bolsas integrais ou parciais pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), do Ministério da Educação, aumentaram sua renda individual depois de formados.
Os jovens que fizeram parte do programa, 72% trabalham na área em que se formaram e 64% estão contratados com carteira assinada. O mais curioso é que 90% dos pais desses jovens não possuiam diploma universitário, segunda a pesquisa realizada pela doutora em educação pela PUC-SP, Fabiana Costa, “Eles são os primeiros universitários da família. Isso traz uma elevação do conhecimento e uma série de perspectivas e, sem sombra de dúvidas, se reflete na sua inserção no mercado de trabalho”, avalia a especialista.
É o caso da psicóloga Estela Franzin, de 30 anos, que se formou em 2011 com bolsa do Prouni. “Minha mãe era doméstica. Então, eu nunca tive oportunidade de estudar uma língua diferente e fazer uma escola com mais conteúdo”, conta.
O ProUni foi criado em 2004, no governo do então presidente Lula, para oferecer bolsas de estudo integrais ou parciais em universidades particulares a estudantes egressos de escola pública, com renda familiar de até três salários mínimos e que alcançassem pelo menos 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2013, mais de um milhão de estudantes se inscreveram para concorrer a uma das 162 mil bolsas de estudo oferecidas pelo Prouni.
Este programa não é a solução da democratização do acesso a universidade para os jovens de classes menos favorecidas, mas inegavelmente ela vem fazendo uma revolução e dando a oportunidades a estes jovens poderem alcançar no seu futuro, uma profissão que apenas jovens com mais oportunidades tinham direito.
É a luta pela igualdade de oportunidade e o ProUni vem ajudando a diminuir esta distância.
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