Ontem mais uma vez o Conselho Deliberativo do Botafogo se reuniu e infelizmente nada de produtivo foi aprovado. Houve um debate acalorado, sobre o projeto de reforma e modernização do campo, que hoje não serve ao futebol, já que é duro (grama plantada sobre uma laje), não tem as dimensões oficiais mínimas e não serve ao sócio.
É um espaço nobre, dentro de uma área super valorizada na cidade do Rio de Janeiro, que o clube não consegue aproveitar de forma a impulsionar o quadro associativo do Botafogo. O Projeto original seria tocado por uma empresa terceirizada e o clube teria parte das receitas, com o custo de investimento de R$ 450.000,00, mas o Presidente Maurício Assumpção voltou atrás e concordou com os apelos, dos sócios e conselheiros, para que o próprio Botafogo possa fazer a obra e administrar, com isto conseguindo uma receita maior que a prevista.
Sei que a intenção é viabilizar receitas para tornar o Complexo Social de General Severiano superavitário ou pelo menos, que se pague, zerando as contas e por isto fui para a tribuna defender o projeto (desde que fosse realizado pelo próprio Botafogo) e com autoridade de quem em 1993, na mesma tribuna deste conselho, defendeu junto com outros conselheiros e sócios, o projeto que previa um estádio de futebol na área que hoje tem o complexo esportivo, que fica em cima de um shopping. Perdemos por apenas dois votos de diferença (62 x 60). Ontem na reunião do CD, não vi ninguém apresentar outra alternativa e todos os oradores, apenas fizeram discursos lembrando o passado glorioso, para justificar a manutenção do campo.
Se alguém apresentar alguma alternativa para viabilizar financeiramente o Complexo Social, estou dentro. Enquanto nada de novo aparece, apoio esta iniciativa e acho que atual diretoria deveria, buscar investidores para realizar a obra do nosso CT na Barra/Vargem Grande, num terreno cedido pela Prefeitura do Rio.
A verdade é que o debate está contaminado pelo processo eleitoral de novembro e tudo agora vira uma guerra, tinha até gente que defendeu não ter estádio em 1993 e agora defende a continuidade do campo. Isto foi até engraçado!
AMPLIAÇÃO DA DEMOCRACIA
Durante minha intervenção na tribuna do Conselho Deliberativo, cobrei aos conselheiros e sócios presentes, que precisamos com certa urgência, debater a figura do sócio torcedor como votante dentro do clube, inclusive o estatuto atual tem a figura do sócio contribuinte e que pode ser regulamentada nos moldes a ser discutido pelo conselho, sem a necessidade de uma reforma no estatuto. Inclusive a entrada desta modalidade, foi uma proposta do MCR (Movimento Carlito Rocha) na última reforma estatutária. O Botafogo é grande, gigante, para qualquer presidente ser eleito por um eleitorado de 700 votos ou até menos. O clube tem que ampliar este universo, até para renovar os seus quadros dirigentes e oxigenar a política interna. Não acho que devemos tirar direitos e o reconhecimentos de todos que ajudaram a construir o Glorioso, mas sim somar a um grupo que é excluído deste debate.
AGRESSÃO NO CONSELHO
A nota triste, foi a agressão que o vice-presidente geral do clube, Paulo Mendes, sofreu após o encerramento da reunião, pelo Conselheiro Mantuano. Este tipo de atitude, tem o meu repúdio e todas as divergências devem ser tratadas no campo das idéias. Uma pena, afinal quem perde com esta divisão é apenas o nosso amado Botafogo. Será que algum dia irei ver todos os alvinegros remando numa única direção?
Publicado em 15 de abril - terça-feira por FogãoNet
ResponderExcluirEm tréplica, Bebeto de Freitas se defende a faz novas críticas a Assumpção
Agora a tréplica, de Bebeto. Ei-la:
“Renato,
Gostaria de agradecer a primeira oportunidade de falar, no Rio de Janeiro, sobre o Botafogo, pois há alguns anos, por motivos particulares, afastei-me do esporte como um todo.
Antes, porém, de adentrar no mérito da questão, não posso deixar de comentar as situações levantadas pelo atual Presidente do Botafogo e que causaram em mim tremendo espanto por sua falta absoluta de compromisso com a verdade.
A primeira deve-se a afirmativa feita pelo Ilmo. Sr. Presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, de que eu teria abandonado o clube nos últimos meses de meu mandato como presidente. Esclareço que tal situação jamais ocorreu e que, meu último ato praticado a frente da presidência do Botafogo foi justamente, estar reunido com o atual presidente no dia 26 ou 27/12/08. Esta reunião foi agendada pelo novo Vice-Presidente Financeiro de então, que por acaso, foi o único a não comparecer.
De modo que não me esquivei em momento algum de estar à frente do clube do início ao fim da vigência do meu mandato.
Quanto às alegações sobre salários de empregados do clube, reafirmo que os deixei devidamente quitados, inclusive com antecipação de 13º. salário.
No que tange as demais obrigações do Botafogo e ao pagamento dos atletas, nego veementemente que não havia condições para pagamento dos mesmos, pois havia recursos para tal provenientes em parte do contrato da Liquigás e em parte por adiantamentos que seriam recebidos referentes aos direitos de televisão.
Se não conseguimos utilizá-los foi em face da grave crise financeira mundial que ocorreu no segundo semestre de 2008.
Cabe esclarecer que ainda no início de 2008, quando se fez o orçamento para aquele exercício, a decisão de utilizar os recursos acima mencionados foi orientada pelo Vice-Presidente Financeiro da minha gestão, o qual veio a ser o mesmo que permaneceu como Vice-Presidente Financeiro no primeiro ano de mandato da gestão do atual Presidente. Logo, nada há que se falar que desconheciam esses e outros compromissos, inclusive porque, este foi um dos assuntos abordados na nossa última reunião, no dia 27/12/08.
Em breve retrospectiva, recordo que ao chegar ao clube, a situação era de tal ordem caótica que durante o período de dois anos não tínhamos os documentos do clube sob o argumento de que teriam sido furtados juntamente com os computadores. Meu primeiro ato como presidente do Botafogo foi ir à delegacia e registrar essa informação.
Assim, gastamos longo tempo levantando a real situação quando, enfim, nos foram devolvidos os referidos documentos ao que constatamos que existia uma enorme diferença entre o que nos era apresentado e o que fora realmente apurado.
(continua)
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ResponderExcluirNão havia direitos televisivos a receber, pois o clube em 2001 teve adiantados os direitos televisivos sobre os anos 2003, 2004 e 2005, justamente os primeiros anos da nossa gestão.
Em razão do rebaixamento do Botafogo, os direitos televisivos foram reduzidos à 50%, de acordo com a regra estabelecida pelo Clube dos Treze. Como havia sido adiantado um valor sobre esses direitos, no primeiro ano da nossa administração ficamos trabalhando com somente 25% do montante e, após retornarmos a primeira divisão, voltamos a ter os 50%.
Como se não bastasse, o Botafogo estava sem campo para treinar e, somente graças ao Zico, por ironia, tivemos o empréstimo das instalações do CFZ para os treinos. Basta dizer que no dia da minha posse, em 31/01/03 ganhamos 20 anos de direito a utilizar o estádio Caio Martins e nem chegamos a comemorar, pois na mesma hora fui surpreendido com a perda das instalações de base do Botafogo em Marechal Hermes só vindo a reavê-la, em fins de 2006.
Sem falar nas dívidas trabalhistas, nas sucessivas penhoras e em outras dívidas de toda ordem quando os recursos para fazer frente a elas eram muito escassos.
A solução foi entrar em vários REFIS e firmar o Ato Trabalhista logo de início, sem o que, não teríamos condições de administrar o Botafogo. Sem isso o Botafogo de Futebol e Regatas fecharia, acabaria…
Os problemas eram de tal magnitude que não seria possível em poucos mandatos resolvê-los todos, todavia, conseguimos tirar o clube do caos.
Logo, o Sr. Maurício Assumpção sabe que não deixamos a ele o Manchester United ou o Bayern de Munique, mas sim o Botafogo de Futebol e Regatas.
Quanto à alegação mentirosa de que havia somente três jogadores no clube, cumpre esclarecer que houve uma inversão de responsabilidades por parte da atual administração, pois na verdade, o Sr. Maurício Assumpção pagou somente aqueles a quem interessava ao Botafogo que continuassem no clube e aos demais, alegou falta de recursos.
Sobre a TIMEMANIA o atual presidente quer atribuir equivocadamente a minha gestão o não equacionamento da dívida financeira. Ocorre que a mesma não estava equacionada em função do próprio Governo que ainda não havia consolidado a Divida do Clube. Diga-se: dívida esta relativa ao TIMEMANIA.
Enquanto o Governo Federal não apresentava os valores finais, fazíamos um pagamento mínimo mensal.
Quando o Sr. Maurício Assumpção fala da situação que recebeu o ENGENHÃO, cabe lembrar que a o contrato feito com a empresa EBN, empresa esta especializada em venda ingressos, responsável pela venda dos ingressos do sambódromo, foi negociada pelo Vice Presidente Financeiro de então, que veio a ser o mesmo do primeiro ano de gestão da nova presidência e contou com o aval do setor jurídico do clube e de outros interessados. A EBN foi a empresa contratada para vender os ingressos do Engenhão e nos adiantou cinco milhões de reais à época.
Por motivos alheios tivemos que rescindir esse contrato e devolver o valor recebido à longo prazo, sem qualquer prejuízo ao clube que já tinha destinado o valor recebido ao pagamento de outros encargos. Cabe ressaltar que tudo foi feito sob a orientação da atual diretora jurídica do Botafogo que era a mesma diretora jurídica da minha gestão. Obviamente que eu não fui avalista desse compromisso de recursos utilizados pelo Botafogo.
Quanto ao alvará de funcionamento demos início a todo o processo de regularização que deveria findar na administração seguinte.
Sobre a sede de GENERAL SEVERIANO, basta olhar na contabilidade para ver o que foi gasto em General Severiano, além da liberação de valores pela Petrobrás para a reforma desta Sede.
Já em relação à sede de VENCESLAU BRÁZ, deixamos um contrato da Petrobrás onde previa a liberação de cerca de R$ 1.600.000,00 para o término da sede.
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ResponderExcluirPor fim, quero dizer que entendo que o último ano de mandato a frente do clube não é fácil para qualquer um em razão da política reinante em General Severiano, porém, se hoje o Botafogo enfrenta situação de extrema dificuldade, tal situação deve ser desassociada do meu nome, pois tais dificuldades decorrem do simples fato de que a atual direção do clube, dita moderna e participativa, escolheu inadimplir ao ATO TRABALHISTA acarretando assim a exclusão do Botafogo do ato por sonegação.
Preocupante, sobretudo o aumento da dívida do clube nas alegadas atualizações das mesmas. Esse fato deve ser observado com atenção.
Resta levantar se o clube está também inadimplente no que concerne as dívidas fiscais uma vez que vem apostando num suposto perdão da dívida por parte do Governo Federal que até o presente momento, diga-se, não veio.
Claro que mesmo tendo sido durante a minha gestão, a adesão ao ato trabalhista, em certos momentos tivemos dificuldades de pagá-la, mas ao final, não deixamos de arcar com o compromisso com previsão de recursos para assim continuar a fazê-lo a nova administração. Tanto que a não renovação do ato, conforme sentença do TRT, cuja íntegra envio-lhe em anexo menciona o inadimplemento/sonegação referente aos anos de 2009, 2010 e 2011.
Resta claro que esta decisão da moderna administração do Sr. Maurício Assumpção, a qual eu não entendo, pois sou do tempo em que 2+2 = 4, não se deveu a uma impossibilidade financeira, nem tampouco a uma mera expiração de prazo para sua renovação.
A causa da não renovação do ato, conforme declarações do próprio presidente do Botafogo, “Não interessava ao Botafogo discutir a dívida de forma judicial naquele momento…“ demonstra que se tratou de uma decisão deliberada, de uma escolha intencional, ou de uma aposta equivocada e imprudente da atual administração. Se é certo que o Sr. Maurício contou com a orientação de pessoas de notório saber para chegar a essa conclusão, se tivessem planejado o enterro do clube não teria dado tão certo.
Porém, o que mais me salta aos olhos, são os valores envolvidos no montante de R$ 627.191.242,50 segundo o calculista do Juízo Trabalhista.
Conforme sentença judicial, o Botafogo teria que pagar a quantia de R$ 125.438.248,50, porém somente arcou com o montante de R$ 30.344.015,87. Desta forma, restou inadimplente, e como consequência, não obteve a renovação do ato.
Ou seja, a atual gestão recebeu três vezes mais em quatro anos do que a gestão anterior em seis anos.
(continua)
(continuação)
ResponderExcluirOu seja, a atual gestão recebeu três vezes mais em quatro anos do que a gestão anterior em seis anos.
O valor que o clube recebeu de mais de seiscentos milhões de reais dariam, certamente, para acabar com a dívida trabalhista do Botafogo, as antigas e as novas que poderiam ser, inclusive, negociadas. Se tivesse priorizado o pagamento das dívidas que sufocavam o Botafogo, hoje o Sr. Maurício Assumpção não precisaria vir à imprensa dizer que o clube está totalmente penhorado.
E ainda, cabe esclarecer que as dívidas herdadas não foram feitas sob o meu mandato.
Só para se ter melhor noção, durante a nossa administração o clube renegociou todas as suas dívidas federais e trabalhistas através do ato e o grande problema do clube seria começar o ano de 2009 com dois milhões e meio de reais para o pagamento dos refinanciamentos. Para que se fizesse frente a essas dívidas todos os contratos do Engenhão estavam liberados.
Pela sentença do TRT tivemos comprovado que a arrecadação feita pela atual direção foi suficiente para investir na dívida.
Além da vantagem extra que seria ter o Engenhão como o único estádio em funcionamento no Rio de Janeiro e Botafogo teria a oportunidade única ao firmar o ato trabalhista e administrar essa dívida, contando com a receita proveniente desse estádio, já que o Maracanã ficaria fechado.
Essa oportunidade jamais se repetirá com o Maracanã funcionando.
Se o atual presidente tivesse priorizado o clube, teria investido essa receita extra no pagamento da dívida e hoje a situação seria muito outra.
A atual administração jogou no lixo todos os esforços feitos pelo Botafogo para salvar o clube da insolvência!
Ressalto que vejo com muita pena toda essa problemática a que foi levado o Botafogo, mas penso que a torcida precisa saber da verdade.
Como ex-presidente do clube, ex-atleta e torcedor eterno do Botafogo tenho o direito de saber para onde foram destinados esses quase seiscentos e trinta milhões de reais recebidos, conforme apuração apontada na sentença do TRT.
Considero que como ex-presidente do clube, não tenho mais nada a explicar sobre a minha gestão. Ressalto que jamais me locupletei do Botafogo. Caso alguém pense diferente disso, há caminhos para averiguar.
Também durante mandato como presidente não me filiei a partido político me valendo da bandeira do clube. Assim sendo, sugiro que desassociem meu nome do que ocorre atualmente, pois sei perfeitamente bem o clube que deixei e, o Sr. Maurício Assunção, sabe o clube que recebeu.
No momento, cabe ao atual presidente esclarecer aos Botafoguenses onde foram aplicados os milhões sonegados, conforme matérias publicadas e a sentença do TRT.
Espero que ele responda a torcida, a imprensa que denunciou o fato na pessoa da jornalista Marluce Martins do Jornal Extra, pois através dessa matéria tomei conhecimento do que ocorria no clube, ao blog Mais Botafogo e ao blog FalaGlorioso.com e a quem mais de direito e, não somente a mim.
Gostaria ainda de deixar claro que não tenho a intenção de candidatar-me a qualquer cargo no Botafogo e que não mantenho compromisso com qualquer candidato a quem desejo sorte.
Por fim, esclareço que não mantenho qualquer vínculo com os blogs apontados acima.
Bebeto de Freitas.
A enorme carta do Bebeto de Freitas, o grande ex-presidente do Botafogo, dividida em quatro blocos para caber nos limites da coluna de comentários do blog, acima publicada, traz uma quantidade de assuntos complexos e pouco explicados pela atual diretoria do Botafogo, principalmente o atual presidente Maurício Assumpção, o qual não responde a não ser com blasfêmias e bazófias, e sem convencer a ninguém permite a interpretação de que seus atos e sua gestão à frente da Diretoria do glorioso Botafogo representam a única razão para todos os problemas e vexames sofridos pelo time, pelo clube e pelos associados e torcedores.
ResponderExcluirO Maurício é o sinônimo da porcaria, da mediocridade, da incompetência, do amadorismo, das derrotas e humilhações do Botafogo e de todos os botafoguenses.
Maurício deve muito, e os conselheiros do clube deveriam cobrar mais esclarecimentos a tantos descalabros.
O Botafogo precisa de gente decente na direção do clube.
Basta de tanta humilhação!
Reunião do CD: presidente encerra projeto de terceirização do campo de General Severiano - Vinicius fez pronunciamento
ResponderExcluirO presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, informou hoje (15/04), na tumultuada reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, que a diretoria encerrou o contrato com a empresa que iria agenciar o campo de treinamento de General Severiano, criando ali um clube de futebol soçaite. Mauricio não deu mais detalhes de como se dará esse encerramento, se o clube terá que pagar uma rescisão etc - as obras inclusive já tinham começado.
Na reunião, o candidato à Presidência do clube lançado pelo Carlito, o conselheiro Vinicius, interveio na discussão e fez um pronunciamento; Vinicius criticou a diretoria por não ter passado o projeto antes pelo CD, o que diminuiria toda essa polêmica, mas também elogiou o presidente "por reconhecer o erro e voltar atrás".
Vinicius também criticou alguns conselheiros da oposição, críticos incisivos do projeto, por não apresentarem um plano alternativo, e ficarem apenas criticando, enquanto o clube necessita urgentemente de novas receitas.
Outro carlitense que interveio na reunião foi o conselheiro André Barros. Dedé, como é conhecido, lembrou da importância da implementação da instituição do sócio torcedor, com direito a voto - como está no estatuto. Ele lembrou da necessidade da participação do torcedor: "O problema do clube é que ele é, atualmente, muito fechado e pouco acessível".
Por fim, lamentamos a cena de quase briga entre dois conselheiros, ao final da reunião. Não sabemos quem provocou quem, mas não é razoável que integrantes de um fórum que se pretende "deliberativo" cheguem quase a trocar murros por causa de uma polêmica. É fundamental que as forças políticas do Botafogo consigam ao menos conviver em um clima de tolerância mínima, para o bem do nosso amado clube. Democracia, antes de mais nada, é isso: tolerância. Sem ela, seremos inimigos de nós mesmos e o Botafogo não irá muito longe.
DESCULPEM a nossa falha, o texto acima (Reunião do CD: presidente encerra projeto de terceirização do campo de General Severiano - Vinicius fez pronunciamento) é obra do blog do Movimento Carlito Rocha, e foi publicado em 15 de abril de 2014.
ResponderExcluirCorreção feita...
Candidatura Vinicius é lançada no clube
ResponderExcluirDo blog do Carlito Rocha, em 5 abril:
Hoje, na sede de General Severiano, o Movimento Carlito Rocha apresentou aos sócios do clube o nosso candidato à presidência do Botafogo, o Vinicius.
Realizamos um churrasco para cerca de 100 pessoas. Vinicius foi apresentado por Marcos Portela (2ª foto), que já foi vice geral e presidente do Conselho Deliberativo na gestão de Bebeto, e pelo conselheiro André Barros.
Em seguida, falou o próprio Vinicius. Compareceram muitos conselheiros e sócios, que tiveram a oportunidade de fazer perguntas ao candidato.
Em breve, divulgaremos aqui uma palestra que o Vinicius fará aos torcedores, aberta a todos.
Nosso candidato inclusive já lançou aos sócios uma carta apresentando sua candidatura.
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OUTRA NOTÍCIA.... TAMBÉM IMPORTANTE....
MENOS MAL
Publicado em 16 de abril de 2014
Num gesto de humildade, o presidente Maurício Assumpção recuou.
Pressionado até por aliados, rescindiu o contrato com as empresas que fariam e explorariam o campo de grama sintético em General Severiano.
Menos mal.
Paulo Marcelo Sampaio
PUBLICADO NO BLOG ARQUIBA BOTAFOGO, em 16 abril
NOSSO PEDAÇO DE CHÃO
ResponderExcluirPublicado em 15 de abril de 2014 Blog do Arquiba Botafogo
Não. Ninguém nunca pisou no atual gramado de General Severiano. Quarentinha não desferiu seus petardos, que tanto amedrontavam Paulo Cézar, o crioulinho filho de Marinho Rodrigues, agachado atrás do gol. Não, Heleno de Freitas não ralhou com os companheiros que insistiam em errar passes. Não. Não foi lá que Zagallo fazia de alvo uma camisa pendurada no ângulo de uma das balizas. Não foi lá que Jairzinho, em simples treinos entre os juvenis, já ensaiava suas arrancadas mortais. Também não foi lá, caros senhores, que Nei Conceição colava a bola no pé, como se chiclete fosse. Não. Não foi lá que Garrincha colocou a bola entre as pernas de uma cadeira, para espanto de todos. Também não foi lá que muitos viram Nilton Santos, observando as sombras na grama, encontrar o caminho mais curto no desarme de adversários. Não, não foi lá que Afonsinho dormiu debaixo das arquibancadas depois de ter visto seu futebol ser recusado num rival de laranjeiras. Também não foi perto daquele gramado de hoje que Neném Prancha tinha seu quartinho de 20 metros quadrados. Também não foi lá que muitos viram Nilton Santos, observando as sombras na grama, encontrar o caminho mais curto no desarme de adversários. Não há como não se importar com esse pedacinho de chão que, se não é original, nos enche de orgulho. Pelas histórias que guarda.
Há poucos dias o presidente Maurício Assumpção consultou os conselheiros para homenagear o Nilton Santos: a assinatura do nosso craque acima do escudo. Nada, na minha opinião, pode ficar acima da nossa cara estrela solitária. Mas resolvi não criar caso. E a proposta foi aprovada. por unanimidade. Por maior que o Nilton seja, essa é uma matéria menor se comparada ao destino do campo de General Severiano. Deveríamos ter sido consultados. Em 1957, lá se vão 57 anos, em “Manchete Esportiva”, o repórter Paulo Rodrigues anunciava uma revolução na vida botafoguense e uma mudança no tradicional estádio de General Severiano. Na legenda de uma das fotos, anunciava-se “Não ficará pedra sobre pedra do estádio atual. Em compensação, quantas piscinas, quantas quadras de tênis e etc. Inclusive um playground.” Nascia ali, o ovo da serpente. Duas décadas mais tarde, em 1977, atolados em dívidas, estávamos desterrados, sem lugar, longe de nossas raízes. Trinta anos depois, jogaríamos pela primeira vez no estádio que nos seria cedido mais tarde. Que nunca foi nosso. Que nunca nos foi acolhedor. Onde nunca nos sentimos em casa.
(continua)
(continuação)
ResponderExcluir(...) Onde nunca nos sentimos em casa....
Não me lembro quando – sou ruim de datas -, mas uma vez, conselheiro no segundo mandato de Bebeto de Freitas, ocupei a tribuna, uma atitude bissexta. Discutia-se na época a construção de estádio na Zona Portuária, com o apoio de um grupo português. Chamei a atenção para a amizade de Bebeto com o presidente Lula. Quem sabe poderíamos construir um estádio no terreno da UFRJ e propor uma parceria com o governo? Oferecer a comunidades carentes escolinhas de futebol, por exemplo. Depois da minha fala tímida, nem mesmo os amigos do Movimento Carlito Rocha me apoiaram. Uma decepção. Dali em diante, me senti um Quixote lutando contra moinhos de vento. Estava sozinho. Até que certo dia li um texto do meu amigo Zantonio Lahud Neto, no seu ótimo blog Interrogações (www.interrogaes.com). “O que fazer? O Botafogo tem duas excelentes opções: a mais óbvia e barata é reativar o Caio Martins, aqui em Niterói; a outra, que seria mais complicada, mas perfeitamente possível com as modernas tecnologias de arquitetura e engenharia, seria construir um novo estádio em General Severiano, nosso solo sagrado. O local é excelente, entre o Centro da cidade e a Zona Sul, de fácil acesso: tem estação de metrô próxima e passam inúmeras linhas de ônibus bem na porta. E fica na região onde é maior a concentração de alvinegros em todo o Brasil. Ah, dirão alguns, mas não tem estacionamento? Nos melhores e mais seguros estádios do mundo também não, o público vai de transporte público aos jogos. E pode-se perfeitamente construir- aliás, até já existe onde é o atual Shopping por sob a sede do Botafogo- uma garagem. No caso é só ampliá-la. Soluções existem, é ter coragem e ousadia de encontrá-las.”
O problema, Lahud, é que estamos sozinhos nessa luta, disse a ele, por telefone. “Não, Paulo, tem muita gente que pensa assim”, respondeu. Onde estariam os Quixotes do Botafogo? Temos coragem desde a nossa fundação. Coragem tiveram rapazotes saídos das calças curtas ao fundarem ao clube de futebol. Coragem teve Dinorah de Assis ao disputar uma partida quinze dias depois de ser baleado. Coragem teve o Botafogo em 1911 ao se retirar da Liga Metropolitana por solidariedade a um atleta injustamente punido. Coragem teve Paulo Azeredo ao apostar em João Saldanha, um técnico nada formal. Coragem teve Emil Pinheiro ao encarar um clube à beira do abismo e colocá-lo novamente nos trilhos. Exemplos de coragem não faltam. O que nos falta agora, é ousar!
Paulo Marcelo Sampaio
A CRISE DO CAMPO DE GENERAL SEVERIANO
ResponderExcluirFoi a postagem do texto cujo título vai repetido aí em cima o que nos levou a pensar em participar desse debate.
A iniciativa do Vinicius (do texto e da candidatura lançada) precisa ser apoiada pelos botafoguenses que amam o clube e sua história.
O momento é de unir as pessoas de coração grande, de vontade de ajudar o grande clube que nos trouxe tantas glórias em seu passado recente, na verdade, em toda sua história de vitórias e de júbilo.
Infelizmente, o nosso inferno astral está indo longe demais. O Grande Botafogo que encerrou o ano de 1968 parece ter vivido de pequenos lapsos de acertos em épocas e momentos tão velozes quanto um cometa desfilando pelo céu.
De 68 pra cá, foram poucos e rápidos momentos de vitórias significativas, é disse que trata a análise.
O Botafogo de 2014 acaba de apresentar para sua torcida uma campanha que vai ficar na história. O triste dessa vez é que a história vai registrar a pior campanha do Botafogo em todos os campeonatos cariocas realizados até aqui, e foram mais de cem anos de disputas.
O Maurício Assumpção, que gosta de se mostrar diferente, vai levar para casa e para sua história esse recorde, o PIOR TIME EM TODOS OS TEMPOS DE CAMPEONATO CARIOCA FOI O DE 2014, SOB A CONDUÇÃO DO MAURÍCIO.
Que vergonha!
Vergonha o que passamos até aqui. Uma vergonha a parte final do campeonato brasileiro de 2013, o time se arrastando pela tabela e tentando fugir da Libertadores a qualquer preço, se entregando em campo. Só foi para a Libertadores pela ineficiência dos demais que não souberam passar à frente do Botafogo.
E uma vez na Libertadores desse ano, assistimos a outra campanha vergonhosa. O Botafogo, em pleno Maracanã, não conseguiu fazer um gol no time da União Espanhola, o mesmo time chileno que, jogando em seu estádio, no Chile, tomou cinco gols de outra equipe desclassificada. Alguém consegue explicar essa façanha?
Em paralelo, o pior campeonato carioca da história do Clube.
Lá no texto do Bebeto de Freitas há muita história a ser respondida.
1. O tamanho da dívida - entre o final do mandato do Bebeto e hoje;
2. O não cumprimento do acordo com a Justiça Trabalhista, e o resultado decorrente desse ato irresponsável com a perda da autonomia financeira;
3. O desleixo com Caio Martins, patrimônio que ainda está sob a gestão do clube até 2023;
4. A perda do Engenhão de forma tão tosca, mal explicada, e sem apresentar nenhuma proposta alternativa para as finanças do Clube, numa submissão aos interesses da empresa que explora o Maracanã, que precisava do fechamento do Engenhão para forçar os clubes do Rio a firmarem acordo de uso com eles. Uma vergonha!
5. A história mal contada de Marechal Hermes, numa demonstração de desprezo pela memória dos torcedores e sócios do Clube.
6. A privatização do campo de General Severiano, numa prática tão tucana quanto nefasta aos interesses do Botafogo.
7. Para chegar a esse número e nele ficar, o número dos mentirosos, segundo diz a lenda, vamos deixar aqui todos os demais assuntos que o presidente Mauricio não consegue explicar: atraso de salários de jogadores e funcionários, perda de patrocínios ou patrocínio com fraudadores da corrente Telexfree, fim melancólico do contrato do ídolo Loco Abreu, palhaçada e irresponsabilidade com o pseudo contrato com Túlio Maravilha para os mil gols (que vergonha!), invenção do Húngaro para disputar a Libertadores aguardada há 17 anos, as contratações mais atrapalhadas do ramo e as vendas mais estúpidas num prazo tão pequeno (superado nesse quesito apenas pelo Kleber Leite na gestão dos mulambos), e são tantos mais os assuntos e problemas que deixo o convite aos demais participantes desse blog para acrescentarem nessa listagem a vergonha dessa gestão que parece que não acaba nunca.
Vai Maurício, renuncia para ajudar o Botafogo. Estamos cansados de sua incompetência, da sua cara de tacho e tanta vergonha que nos faz passar dia sim, dia também.