Alexis Tsipras, o novo líder Grego |
Vejo uma série de jornalistas e analistas políticos tentando adivinhar o que significa a vitória do partido de esquerda na Grécia, o Syriza, que defendeu durante o processo eleitoral, o fim das políticas de austeridades que vem levando milhões de trabalhadores na Europa ao desespero, principalmente nas economias mais fracas como a Grécia, Portugal e Espanha, o único país a ganhar neste processo, vem sendo a Alemanha, por ter uma forte infraestrutura.
Na minha visão, teremos que esperar ainda alguns meses para sabermos o que realmente vai mudar no quadro político europeu, com a esquerda na Grécia chegando ao poder, depois do avanço da direita em diversos países do continente. A vitória do Syriza e do seu jovem líder, Alexis Tsipras, pode ser apenas um caso isolado ou um recado que a política de austeridade para combater a crise econômica chegou ao fim.
O que esta vitória pode influenciar aqui no Brasil? Enquanto a população da Grécia fala em rompimento com as receitas de arrocho, os primeiros passos do segundo Governo da Dilma Rousseff, caminham no sentido contrário. Enquanto a Grécia, junto com o Obama, fala em taxar as grandes fortunas e que o trabalhador não pode pagar mais com as medidas de austeridades, o novo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala em apertar os cintos da classe trabalhadora e da classe média, não ouvimos um sussurro sobre taxar as grandes fortunas.
Na Grécia, o Syriza fala em rompimento com a zona do Euro, mas viver longe da União Européia não será fácil para os gregos e vários obstáculos apareceriam rapidamente. Inclusive porque o novo líder, Alexis Tsipas, embora seja um grande fã do Che Guevara, afinal deu até o nome do revolucionário a um filho, aponta em seus discursos para uma política de conciliação, apenas exige que seja em outras bases, sem o sacrifício do seu povo. O que acho que não é compatível.
Mas vamos esperar para ver, tanto na Grécia, no restante da Europa e no Brasil.
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