Na última quinta-feira (05), o deputado Jair Bolsonaro (PP), foi recepcionado por grupos neonazistas, um grupo de skinheads, alguns tatuados com suástica e de cabeças raspadas. Bolsonaro, foi recebido como se fosse um comandante das tropas de elite da SS. Foi uma cena deprimente e preocupante.
Isto demonstra como a direita reacionária saiu do "armário" no Brasil e infelizmente vem ganhando espaços na nossa sociedade. O ódio e o preconceito são matérias diárias em algum veículo de imprensa, que vem incentivando estes tipos de atitudes e que em brave a sociedade brasileira pode se arrepender amargamente.
Vejam o que foi registrado pelo site do Diário de Pernambuco, em matéria assinada pela jornalista Aline Moura:
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Por Aline Moura
O Aeroporto dos Guararapes, que normalmente vira palco para recepção de jogadores, teve uma tarde inusitada após o desembarque do deputado carioca Jair Bolsonaro (PP), que chegou ao Recife nesta quinta-feira (05) para participar de uma extensa agenda que inclui debates, audiência pública na Assembleia Legislativa e almoço com representantes da chamada "direita". Bolsonaro foi recebido como popstar por um grupo grande de militantes, predominantemente homens jovens e adolescentes. Na ocasião, havia ainda seis integrantes da Brigada da Infantaria Paraquedista.
Todos se espremiam para apertar as mãos do deputado, conseguir autógrafo ou tirar foto com ele, que foi ovacionado e chamado de “mito, mito, Bolsomito, Bolsomito”. Ao chegar ao estacionamento do aeroporto, o parlamentar subiu numa Pajero Dakar de cor preta e discursou de um megafone para a plateia que cantava o Hino Nacional de forma fervorosa. O mesmo público que pediu "fora, Dilma, fora Dilma” e enalteceu o golpe militar de 1964 com frases em coro do tipo "viva 64, viva 64".
Em meio aos discursos, Bolsonaro, que foi acompanhado do deputado Joel da Harpa (PROS), botou um óculos escuro, que virou meme na internet, abriu os braços e foi ovacionado mais uma vez pelos que estavam presentes, visivelmente militantes espontâneos (não pagos). A luz do estacionamento, um holofote bem em cima do deputado, deu ares de show ao momento. “Muito obrigado pela recepção. Eu peço a Deus que eu possa retribuir todo esse apoio. Podem ter certeza que o Brasil é nosso!”, discursou o deputado, sentado em cima do veículo. "Vamos tirar esse povo do poder. Ou pelo impeachment ou pelo voto", disse ele, dessa vez admitindo a eleição. Diferentemente do ano passado, aliás, quando deu entrevista ao Diário em 20 de março, depois de tirar uma foto polêmica homenageando o golpe.
Um dos repórteres presentes na recepção (Anderson Bandeira) se pendurou no carro, espremido pela multidão, e perguntou ao deputado o que ele tinha achado sobre a escolha do relator do processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). “Primeiro a Dilma”, respondeu. “Depois a gente conversa”, acrescentou, ao ser mais uma vez questionado sobre o colega de parlamento, que está sendo alvo de várias denúncias. "Não existe corrupto sem corruptor. Corruptores são a Dilma e o Lula. O inimigo do Brasil é o PT e a Dilma", disse, personalizando a corrupção.
Na recepção, foi possível ver um grupo de skinheads, tatuados e de cabeças raspadas, ao lado do filho de Bolsonaro, Flávio. Um dos skinheads deu entrevista à reportagem de forma cordial e foi indagado porquê defendia a ditadura militar, quando protestando de forma livre e tinha muitas tatuagens no corpo - algo que era repudiado pelos militares no período de ditadura. Ele explicou os motivos, disse ser contra a corrupção, mas um dos amigos que estava ao seu lado começou a acusar a reportagem de ser “manipuladora”. “Por que pode ser comunista e não pode ser nazista?”, esbravejou o rapaz para a reportagem, o que tem sido comum nesses eventos. “É para ter censura mesmo”, continuou ele, ao que os repórteres tiveram que se retirar.
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Na recente onda conservadora no país, que ganhou as ruas com as marchas organizadas por inúmeros grupelhos golpistas, o deputado Jair Bolsonaro se transformou num típico herói dos fascistas mirins. Conhecido por suas posições de extrema-direita - ele defende abertamente o golpe militar de 1964, as torturas e mortes nos porões da ditadura e outras aberrações autoritárias -, o parlamentar carioca ficou empolgado e chegou a lançar a sua pré-candidatura para a sucessão presidencial de 2018. Porém, em seu próprio partido, o PP, o canastrão é motivo de galhofa e sabe que não terá espaço para a aventura. A calorosa recepção dos skinheads nazistas de Pernambuco talvez ainda alimente seu sonho!
Fonte: Blog do Altamiro Borges
Estra disputa é pelo projeto de Brasil. Acho que o PT cometeu diversos erros e tem que pagar por isto. Acho que foram seus erros que fizeram esta onda de ódia crescer no país. Mas entre o PT e o PSDB e o DEM, fico com o projeto petista de governar prioritariamente para os mais pobres.
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