Embora 79% dos brasileiros não confiem em Michel Temer, que é rejeitado pela ampla maioria da população brasileira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi um dos principais articuladores do golpe de 2016, anunciou publicamente sua posição: continua sócio do golpismo; "Já temos tantas dificuldades hoje, o Congresso ainda vai eleger uma pessoa pra ser presidente por um ano? É mais confusão", disse FHC; um dos riscos, segundo ele, é a "fuga de investidores"; "A percepção das pessoas, especialmente dos investidores é: vamos ter outro problema no Brasil? Eles se retraem", afirmou; "O Brasil está há muito tempo de pernas para o ar, está começando a assentar um pouco. Levar muito tempo em um julgamento que põe em risco a situação vigente tem consequências negativas"; no entanto, ao contrário do que diz FHC, o golpe, fruto da aliança PMDB-PSDB, já produziu uma queda de quase 10% do PIB brasileiro
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que uma eventual cassação de Michel Temer por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma posterior eleição indireta pelo Congresso, resultaria em mais "confusão" para o Brasil. "Já temos tantas dificuldades hoje, o Congresso ainda vai eleger uma pessoa pra ser presidente por um ano? É mais confusão", disse FHC em entrevista à Rádio CBN.
Segundo ele, o julgamento da ação que pode resultar na cassação da chapa Dilma-Temer traz consigo riscos para o País, com destaque para a economia. "A percepção das pessoas, especialmente dos investidores é: vamos ter outro problema no Brasil? Eles se retraem", afirmou o tucano. "O Brasil está há muito tempo de pernas para o ar, está começando a assentar um pouco. Levar muito tempo em um julgamento que põe em risco a situação vigente tem consequências negativas", avaliou.
Na entrevista, FHC defendeu, ainda, a aprovação de uma cláusula de barreira para os partidos políticos e a proibição de coligações nas eleições proporcionais. "Quem paga a democracia? Os parlamentares estão pedindo que o contribuinte pague, através do fundo partidário. Os países que têm fundo partidário tem quatro, cinco ou seis partidos. Aqui tem 30 e poucos. Não há dinheiro que possa dar conta de 30 e poucos partidos", disparou.
O ex-presidente também afirmou que o PSDB não definiu quem será o candidato do partido nas próximas eleições presidenciais. "Não se sabe ainda o resultado da Lava Jato, quem para em pé, quem não para em pé", disse. Sobre o crescimento do atual prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), FHC destacou que "em uma certa altura, eu disse a ele [Doria] que não acreditava que ele convencesse (os eleitores). Convenceu. Agora é o balão que está subindo. Se subir, subiu. O PSDB tem que ter o pé no chão, quem decide no fundo no fundo quem vai ser o candidato não somos nós, é o eleitorado", completou.
fONTE: BRASIL 247
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