quinta-feira, 9 de julho de 2015

AÉCIO QUER VIRAR A MESA NO TAPETÃO

O processo em curso no país é para interromper através de um golpe o governo Dilma e assim acabar com o processo inciado em 2003 de redistribuição de renda no Brasil. O mais absurdo é ver lideranças tucanas defendendo o golpismo caracterIstico da ditadura militar. Fernando Lugo no Paraguai passou por processo parecido, com toda a elite se organizando para tirar do poder alguém que pensava em inverter as prioridades.

O golpismo é tão escancarado que até colunistas da Folha de São Paulo, é o caso de Marcos Augusto Gonçalves. Anti-petista ferrenho, mas não aguenta mais o golpismo do PSDB.

Eis trechos de sua coluna com o título "Aécio quer virar a mesa no tapetão":

(...) Não se sabe dos tucanos emplumados qual tem sido mais infeliz e calhorda em suas manifestações. Bem, na verdade sabe-se: Aécio Neves. Definitivamente, o fracasso eleitoral subiu-lhe à cabeça.
(...)
Dolorido e inconformado com a derrota, comporta-se como o garoto mimado que pega o carro importado e sai em disparada desrespeitando sinais, como prova de sua superioridade.
(...)
Mas sem dúvida em nossa América Latina a tradição golpista da direita é mais bem-sucedida (...) temos também os levantes mais pragmáticos –aqueles que visam sobretudo as vantagens econômicas que a ocupação do Estado pode propiciar.
(...)
subsiste um substrato golpista na política brasileira
(...)
O PSDB, que tem dado mostras de desorientação, com períodos de euforia e alguns brevíssimos interregnos de sensatez, chegou à sua convenção no fim de semana animado com denúncias que poderiam proporcionar um caminho juridicamente defensável para depor a presidente. Depois de votar de maneira irresponsável contra seu próprio programa e os interesses do país, de ter defendido o impeachment e voltado atrás, os tucanos resolveram se preparar para "em breve" ser situação.
(...)
A política nacional, nesse Fla x Flu, desce ao "modus operandi" da cartolagem (...) jogamos mais pelo padrão Fifa de nossos homens públicos e de suas articulações.
(...)
Nessa arena, o PSDB deixou claro que sua jogada é ganhar no tapetão. (...) O time tucano quer uma virada de mesa e, para isso, vai usar contra a presidente alguns dispositivos do regulamento que todos, inclusive seus filiados, descumprem regularmente à luz do dia.
(...)
Mesmo que a ideia possa ser mais pressionar do que realmente antecipar o final do mandato de Dilma, o PSDB envereda por um caminho perigoso. Uma investida persistente na tentativa de afastar a petista poderia ter consequências graves, e ainda não bem avaliadas, para o país.
(...)
Não seria em hipótese nenhuma um processo pacífico. A mobilização da militância e das entidades que defenderiam a presidente e das forças que apoiariam a virada de mesa no tapetão poderia nos levar ao ápice de uma escalada de radicalização e intolerância que precisaria na verdade ser contida, moderada e não excitada.



Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula

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