Os sindicalistas lembraram que não há crise no sistema financeiro, e a política recessiva que atinge principalmente os trabalhadores, mas também setores produtivos da economia, não chega nem perto dos bancos, que batem recordes de lucros e se beneficiam da política do aumento dos juros básicos imposta pelo governo.
"O sistema financeiro precisa assumir responsabilidade social com o país e a sociedade, preservando os empregos dos bancários, ameaçados pela rotatividade, pela política de demissões dos bancos, terceirização e avanço tecnológico. Os bancos têm de garantir saúde e melhores condições de trabalho para todos os funcionários e ter compromisso com o desenvolvimento econômico e social do país", disse a presidente do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.
O presidente da Fetraf RJ/ES (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Nilton Damião, o Niltinho, defende a unidade como estratégia fundamental para uma campanha vitoriosa. "É preciso deixar em segundo plano nossas diferenças e centrar no inimigo de classe comum, os patrões. Nas negociações, a voz dos bancos estão sempre em uníssono, e nós, muitas vezes, deixamos passar nossas divergências, que acabam repercutindo na mesa de negociação", afirma.
As principais reivindicações
Remuneração - Entre os principais itens aprovados sobre remuneração são: aumento real de 7% mais a inflação do período, fim do teto para a PLR linear, 14º salário, parcelamento do desconto do adiantamento de férias, salário mínimo do Dieese para os pisos, vale-cultura para todos os bancários, além do fim do banco de horas, com pagamento integral de todas as horas extras.
Emprego – Entre as estratégias referentes ao emprego, combate aos correspondentes bancários, a terceirização e a política de demissões dos bancos, com o fim da alta rotatividade no setor e a contratação de mais bancários; a extensão dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria para os trabalhadores terceirizados e a igualdade de oportunidades, cuja novidade é a inclusão de curso de libras para todos os funcionários a fim de impedir o isolamento dos deficientes auditivos.
Saúde e condições de trabalho – Entre as principais estratégias de luta, estão o fim das metas, o combate ao assédio moral. Foi aprovado a isonomia de direitos entre trabalhadores da ativa e aposentados, a realização de novo senso da Diversidade nos bancos públicos e privados, desta vez com a participação do movimento sindical na elaboração e aplicação do questionário. Incluir o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é o documento histórico-laboral que contém várias informações relativas às atividades do trabalhador na empresa. Instituído pelo Instituto Nacional do Seguridade Social (INSS), o documento informa detalhadamente as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde e outros dados de caráter administrativo . Reivindica ainda a ampliação do auxílio-maternidade ou a redução da carga horária dos funcionários responsáveis por filhos com algum tipo de deficiência física ou mental.
Segurança - Em relação à segurança, os bancários defendem a retirada da redação da minuta sobre a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) o termo "fato consumado". O objetivo dessa mudança é incluir também na CAT bancários vítimas de "tentativas de assaltos e sequestros". È também reivindicado que "os bancos arquem com as despesas de mudança de residência dos funcionários sequestrados", "garantindo também o emprego destes trabalhadores". Uma antiga reivindicação foi reafirmada como item da pauta: proibir a guarda das chaves das agências por bancários. O movimento sindical quer ainda ter acesso ao plano de segurança das unidades bancárias e a obrigatoriedade da instalação de porta giratória antes dos terminais de autoatendimento, câmeras de vigilância, além do aumento para cinco o número mínimo de vigilantes em cada agência.
Fonte: Bancários Rio
Fonte: Bancários Rio
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