Consumada a vitória de Jair Bolsonaro, o líder da “imprensa
livre” será o ‘bispo’ Edir Macedo.
Consumada a vitória de Jair Bolsonaro,
o chefe do Poder Judiciário será Sérgio Moro.
Consumada a vitória de Jair Bolsonaro, justiça e jornalismo
estarão presos à bota de um presidente que já não esconde seus desejos
ditatoriais, insuflando seus fanáticos com banimento e prisão dos que dele
discordam.
“A faxina agora será muito mais ampla. Essa turma, se quiser ficar
aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou para a
cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”. (…)“Vocês,
petralhada, verão uma Polícia Civil e Militar com retaguarda jurídica para
fazer valer a lei no lombo de vocês”
Nenhum dos ditadores do período militar falou em linguagem
tão escancarada e o faz porque a mídia e a Justiça o acalentaram como “elemento
útil” e agora ele tem vida e força própria.
Em todos os lugares, os medíocres salivam: os cargos, as
promoções, os “mercados” poderão agora ser conquistados sem talento, mas com o
dedo duro.
Um ajuntamento de ex-oficiais, reunião de pessoas para
delinquir contra a ordem democrática, prepara-se para assumir os cargos
públicos, como uma horda de gafanhotos. E quem se dispõe a roubar a liberdade e
a vida de seus compatriotas dificilmente terá objeções morais a roubar-lhes o
dinheiro e o futuro.
Ainda mais se piar contra eles representar cadeia ou caixão.
Não é preciso mais, como disse o “filho do ômi“, nem mesmo um cabo e um soldado para fechar uma
Suprema Corte ou um jornal. Basta um berro, porque ambos estão acoelhados.
Acessem os comentários das notícias nos grandes portais:
a Folha é “petralha” , a Globo é “comunista”, os ministros do STF,
“vagabundos”.
Como cadáveres que se tornaram, nem
mesmo podem reagir ao vilipêndio.
Restamos apenas os que não “estamos cansados”, para usar a expressão vergonhosa do Ciro Gomes, em Paris.
E resta, ainda, a esperança de que, exposta – ainda que com
a omissão da imprensa e dos tribunais – a face horrenda do que vem por aí, o
povão veja a ameaça iminente da destruição da liberdade.
Fonte: Tijolaço
Fonte: Tijolaço
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