Antes era chamado de alegria do povo, onde mais de 80% da população brasileira acompanhava nossos craques, com estádios cheios, transbordando de alegria e festa. Craques aos montes sendo revelados em todos os cantos do país, assim o Brasil se tornou o país do futebol.
Agora são estádios vazios, violência para todos os cantos, um pobre futebol apresentado pelas equipes e horários impiedosos, com os torcedores, para atender os interesses da televisão, que é o trem pagador. Públicos de 30 mil são festejados, mas a realidade é que a média de torcedores nos estádios não passa de 18 mil torcedores por partida.
São vários os fatores para este esvaziamento do futebol brasileiro. Horários dos jogos, falta de craques, regulamento, preços dos ingressos, fórmula de disputa, cada um tem a sua explicação. Mas a grande causa do afastamento dos torcedores nos estádios, é a violência das torcidas organizadas e a própria violência urbana.
Se a sociedade e as autoridades não se debruçarem sobre o tema, veremos o futebol morrer nos corações de cada brasileiro. Isto já vem acontecendo, segundo as últimas pesquisas de opinião, hoje, 20% não gostam de futebol e apenas, 40% se interessam e acompanham seu clube de coração. Os outros 40%, gostam do futebol mais tem pouco interesse e quase nunca vão aos estádios, ou compram produtos de seus times.
A sociedade precisa criar um amplo fórum de debates para achar saídas para melhorar nosso futebol. Um fórum com deputados federais, senadores, governo, judiciário, polícia, torcedores, dirigentes e imprensa esportiva, para debater e criar um leque de propostas, que possam futuramente virar uma legislação específica do futebol. Que seja dura e respeite aquele torcedor que ama o seu clube, mas só quer ir ao estádio para torcer, confraternizar e festejar, só assim as famílias terão tranquilidade de voltar aos estádios.
A festa não pode perder para a truculência, o torcedor precisa ser tratado como um consumidor e não como um bandido por policiais, como acontece muitas vezes nos estádios, por causa de uma minoria violenta.
Enquanto nossos dirigentes não entenderem o quanto estão perdendo de dinheiro, com o afastamento do torcedor por causa da violência, o futebol vai continuar morrendo, até a chama se apagar no coração do brasileiro. Aí será tarde demais.
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