quarta-feira, 2 de maio de 2018

BOTAFOGO: POR QUE TANTA RESISTÊNCIA AO VOTO DO SÓCIO TORCEDOR?

A Frente Alvinegra tem defendido, como uma das suas bandeiras prioritárias, a necessidade de democratização do Botafogo. Um mecanismo fundamental para se garantir esta abertura é a regulamentação do direito a voto do sócio torcedor, permitindo a este participar das decisões referentes ao futuro do clube. Afinal, não faz o menor sentido um clube com a grandeza do Botafogo ter seus destinos definidos por pouco mais de 1.000 pessoas, como ocorreu na última eleição.

Já em 2014, a então Chapa Alvinegra (embrião da Frente Alvinegra) levantou essa bandeira, que foi também assumida pelas demais candidaturas. Carlos Eduardo Pereira foi eleito com esse compromisso, mas infelizmente deixou esta discussão para o último ano de seu mandato, inviabilizando que o sócio torcedor participasse da eleição de 2017. Realizada a reforma estatutária no final do ano passado, em uma assembleia geral que contou com a ridícula participação de apenas 145 sócios proprietários, ficou a expectativa de que, em 2020, este voto finalmente se dê.

Mas afinal, a quantas anda a regulamentação deste processo? Essa é uma pergunta que inquieta a todos que entendem a importância da abertura do clube para o seu fortalecimento. A falta de informações sobre este tema gerou, inclusive, matéria recente no Globo Esporte, com a emblemática manchete: “Oito meses depois... Plano do Botafogo para sócio torcedor votar segue no papel”. Pelo exposto na matéria, aparentemente persistem indefinições, junto à direção do clube, quanto ao formato a ser adotado para o programa.

Cobramos da diretoria do Botafogo celeridade e maior transparência neste debate. Para que o direito a voto do sócio torcedor não vire, novamente, uma mera promessa de campanha, este obrigatoriamente deve ser regulamentado nos próximos meses. Em isso não se concretizando, os próprios prazos estabelecidos na reforma estatutária não permitirão o voto do sócio torcedor na próxima eleição.

A proposta de abertura elaborada pela direção do clube e aprovada na assembleia geral é extremamente tímida e excludente. Nesta, para poder votar, além do que já paga em seu plano no Sou Botafogo, o sócio torcedor precisará pagar uma taxa de manutenção não inferior a 1/3 da taxa de manutenção paga pelo sócio proprietário. Em resumo, para “comprar” o direito ao voto, o sócio torcedor terá que pagar, no mínimo, R$ 53,33 por mês, durante dois anos. Em outras palavras, R$ 1.280 é o valor que o sócio torcedor terá que desembolsar para, além do que ele já paga em seu plano, poder votar na próxima eleição do clube.

Não entendemos isso como abertura e nem como democratização do Botafogo. No entanto, é um primeiro passo, em cima do qual poderemos avançar no futuro. Mas nos preocupa que mesmo esse pequeno passo, quase irrisório, encontra enorme dificuldade para ser dado.

Na quinta-feira (26/04), o Conselho Deliberativo do BFR realizará nova sessão. Esperamos que nesta reunião, luz seja jogada sobre este assunto, que deveria ser tratado com a maior transparência possível. Infelizmente não é o que estamos vendo. O Botafogo precisa se abrir!

FRENTE ALVINEGRA

2 comentários:

  1. Não querem democratizar o clube.

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  2. Acompanho sua luta para abrir a votação para o sócio torcedor, mas você poderia explicar melhor - com mais detalhes - sua proposta.

    Saudações Alvinegras

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Obrigado pela participação!