O bom combate por um modo de produção sustentável da agricultura brasileira, em que o incremento da nossa produção de alimentos não se faça ao arrepio da preservação de nossos rios, mares e florestas, deu um grande passo com a aliança que esta sendo construída entre o movimento ambientalista e o movimento de agricultores familiares.
Como afirmou em nota de apoio ao ministro Calos Minc, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetraf-CUT), os “agricultores familiares não aceitam ser usados como pretexto para latifundiários e empresas rurais defenderem os interesses em expandir suas fronteiras agropecuárias no Cerrado e na Amazônia.”
Algumas lideranças, anacrônicas e imediatistas, do agronegócio parecem ter decidido enfrentar da forma mais irresponsável suas necessidades de expansão das áreas cultivadas através do abandono das áreas degradadas, ignorando as potencialidades econômicas do patrimônio florestal brasileiro e, pior, dispondo toda sua artilharia contra o código ambiental e o código florestal brasileiro. Esta guerra aberta contra todo nosso patrimônio ambiental não encontra eco nem junto a totalidade dos grandes e médios produtores nem junto aos agricultores familiares. Lideranças representativas do segmento de produção do etanol, por exemplo, já compreendem que seu futuro global depende da implantação de condições de trabalho decente e sua expansão não pode ser feita à custa da destruição do Pantanal, do Cerrado, da Amazônia. Se o fizeram, perderão os produtores, o Brasil e o Planeta.
O Partido dos Trabalhadores convoca, portanto, sua militância para cerrar fileiras junto ao nosso governo, bem representado nessa questão pelo ministro Minc, e junto à Contag, Fetraf e CUT e ao movimento ambientalista, contra os ataques que ele vem recebendo de lideranças retrogradas e inflexíveis dos produtores rurais. Devemos fortalecer aquelas lideranças que apostam no diálogo entre os brasileiros da cidade e do campo, sempre em favor de nossa agricultura e de nosso patrimônio ambiental.
Pelo desenvolvimento sustentável e por um Brasil mais igualitário.
Diretório Nacional
Partido dos Trabalhadores
19 de junho de 2009
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