Imagem de Nossa Senhora dos Navegantes |
Nossa Senhora dos Navegantes é um título dado a Mãe de Jesus, Maria. A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes, tem início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses. As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam.
A primeira estátua foi trazida de Portugal junto com os navegadores. Pedro Alvares Cabral trazia em sua nau capitânia uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, sendo levada até a Índia, onde uma capela em sua homenagem foi erguida e ali ficou até o século XVII. Atualmente, a imagem está na Igreja da Sagrada Família, em Belmonte, Portugal. Nossa Senhora dos Navegantes é também conhecida pelo nome de Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem; Nossa Senhora da Boa Esperança e Nossa Senhora da Esperança.
Em Pelotas no estado do Rio Grande do Sul, a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas, Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2009 chegou à 78ª edição. Em Porto Alegre, cidade de colonização açoriana, Nossa Senhora dos Navegantes foi declarada a padroeira da cidade. Todos os anos é realizada uma procissão fluvial no Rio Guaíba A festa é realizada todo dia 2 de fevereiro e já chegou a reunir mais de 100 mil pessoas.
Imagem de Iemanjá |
No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas. Em Salvador ocorre anualmente, no dia 2 de fevereiro a maior festa do país em homenagem à "Rainha do Mar". A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias,comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional "Banho de pipoca" e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá. Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.
Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta |
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de "sincretismo" encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadmissíveis tais "manifestações pagãs" em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a "Janaína do Mar" e como canções litúrgicas.
Pela primeira vez em dois de Fevereiro de 2010 uma escultura de uma sereia negra, criada pelo artista plástico Washington Santana, foi escolhida para representação de Iemanjá no grande e tradicional presente da festa do Rio Vermelho, Salvador, Bahia em homenagem à Africa e a religião afrodescendente.
Tenho a certeza que o Brasil tem o povo maravilhoso que tem, por causa da sua tolerância religiosa, onde todos tem liberdade para escolher a sua religião e onde todas convivem de forma harmoniosa. É claro que temos alguma exceções de radicalismo, mas que felizmente tem pouco espaço em nossa sociedade.
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