quinta-feira, 10 de julho de 2014

PROPOSTAS PARA UMA FUTURA GESTÃO NO BOTAFOGO FR

Vejam a minha entrevista como candidato a Presidente do Botafogo FR, que foi publicada no site "Fala Glorioso".

Irmãos alvinegros, como todos sabem em breve teremos eleições em General Severiano, e mais uma vez tivemos a oportunidade de conhecer as propostas de mais um candidato.

Dessa vez o entrevistado foi Vinícius Assumpção, conheça agora algumas das propostas do candidato:

FALA GLORIOSO:
1- Qual setor do clube merece um tratamento prioritário?

VINÍCIUS: Todos os setores do clube merecem uma especial atenção, mas se for escolher um, será o Futebol, por ser a paixão que nos move, o carro chefe do clube e onde precisamos ter uma mudança imediata na mentalidade, além de preparar as condições adequadas de trabalho para todos os profissionais da área e quando falo nisto, incluo as divisões de base.

FALA GLORIOSO:
2- O Botafogo hoje vive um momento difícil financeiramente, qual seria a atitude para sanar ou amenizar tal situação, esse plano de ação já existe?

VINÍCIUS: Infelizmente nos últimos 40 anos, o Botafogo foi se tornando “menor” e, sem uma sequência de grandes e importantes conquistas, deixou de aumentar o seu maior patrimônio: a sua torcida! Com isto, o Botafogo aumentou sua dívida financeira e diminuiu não só a sua capacidade de investimentos, mas também a sua capacidade de caminhar sozinho. Hoje o grande entrave no caminho do Botafogo é a sua atual situação financeira – dizem, isto mesmo, dizem que a dívida já ultrapassa a casa do R$ 700 milhões. A verdade é que o clube nunca tratou esta questão de forma profissional e transparente. É Preciso auditar a dívida, e montar, com profissionais da área financeira, um programa de pagamento da dívida e apresentar ao Conselho Deliberativo, propostas que serão aprovadas e seguidas pelo Conselho Diretor. É um processo de longo prazo, mas que precisa ser iniciado e com total transparência – só assim conseguiremos ganhar o apoio de investidores e da própria torcida. Mas para isto será necessário, conhecer e mostrar para todos o que está sendo equacionado.

FALA GLORIOSO:
3- O número de sócio torcedores do Botafogo é pequeno, muitas pessoas ainda não tem condições de adquirir um título de sócio proprietário, quais são as ideias para a captação de novos sócios, sejam eles sócios torcedores, ou sócios proprietários?

VINÍCIUS: Temos que tratar esta questão com duas visões: democrática e financeira. Hoje, o destino do Botafogo é decidido por um grupo muito reduzido de botafoguenses. Seus órgãos internos, como o Conselho Deliberativo, são meras figuras decorativas. Não há qualquer tentativa de oxigenação da política interna e de seus dirigentes.
Somados os votos das duas últimas eleições do Botafogo, chegamos ao irrisório número de pouco mais de 1.200 votantes. O Botafogo é grande demais para que apenas uns poucos decidam os seus caminhos. Precisamos trazer a torcida para dentro do clube! Refiro-me a todos que podem de alguma forma, somar forças e colaborar para um novo futuro.
Nesse sentido, o melhor caminho é aprovar o direito de voto ao sócio torcedor, com pelo menos dois anos de adimplência – o direito a ser votado, continua com o Sócio Proprietário – ampliando assim, o colégio eleitoral e estruturar um novo Plano ST que seja mais interessante e com o perfil da torcida alvinegra. Com isto estaríamos tornando o plano mais atraente e aumentando assim a sua arrecadação, que hoje gira em torno de R$ 300 mil mensais. Precisamos buscar soluções para que o clube, socialmente, seja mais atrativo. Oferecer uma academia, ter eventos para a juventude, salão de beleza para as mulheres, salão de jogos, churrasqueiras para os sócios. Dar direito de acesso ao Sócio Proprietário, em dia, de ter acesso aos jogos do time profissional de futebol.

FALA GLORIOSO:
4- Alguns presidentes ficaram marcados por vencerem desafios. Althemar Dutra junto com Emil Pinheiro em 1989 levaram o Botafogo à conquista de um título após 21 anos; Carlos Augusto Saad Montenegro conquistou o título Brasileiro de 1995; Bebeto de Freitas resgatou a dignidade alvinegra, colocando o Botafogo de volta a série A em 2003. Qual é o principal desafio a ser vencido na atualidade?

VINÍCIUS: O maior desafio que considero é a mudança de mentalidade, o Botafogo é clube vencedor! Hoje se tem pouco respeito com a história, tradições e a sua torcida. O Botafogo tem que ter sede de títulos e de expressão, quem quiser ser profissional do clube tem que saber e entender isto. Só assim vamos fazer, novamente, nossa fanática torcida crescer e rejuvenescer. Ganhar, perder e empatar “é do jogo”, como dizem os boleiros, mas não podemos admitir a falta de vontade de buscar vitórias e conquistas.

FALA GLORIOSO:
5- Existe a possibilidade de montar um grande time, ou o começo seria a manutenção dos principais jogadores?

VINÍCIUS: Vamos brigar para sempre ter um time a altura das tradições e da paixão da nossa torcida. O que posso garantir, é que na nossa gestão não terá vez para jogadores que não tenham alma, vontade de vencer, de buscar as conquistas e para isto teremos que dar todas as condições de trabalho, principalmente, manter os compromissos em dia. Assim já teríamos um bom começo de caminhada no rumo das grandes conquistas. Mas a torcida pode está certa, minha história de arquibancada e dentro do clube, não me permitem a dirigir o clube e seu futebol com a mesmice que há muito tempo impera internamente. Dirigir o clube com vontade, profissionalismo, transparência e ética são os meus principais compromissos.

FALA GLORIOSO:
6- O CT de Marechal Hermes vai se tornar realidade, e em quanto tempo?

VINÍCIUS: A construção do CT do futebol amador, em Marechal Hermes, é fundamental para o desenvolvimento da nossa base. Trabalhar os nossos futuros atletas de forma integral, para que criem um vínculo maior com o clube. Criar a Escola Estrela Solidária de ensino médio, com o lema “Mais do que treinar: Educar”. A Escola será ferramenta fundamental na formação dos nossos futuros atletas, que ainda terão a oportunidade de perceber a importância de jogar num clube da grandeza do Botafogo de Futebol e Regatas. Dentro deste processo pedagógico, estaremos transmitindo valor extra – campo, como a moral, ética, disciplina e coletividade. “Blindar” as nossas peneiras que hoje são abertas e onde existe farta distribuição de cartões de “agentes”, que buscam tirar algum proveito de futuras promessas.
Precisamos entender que a formação de futuros atletas representa viabilidade econômica – afinal, estes jovens atletas podem se tornar um ativo importante para o clube. Vamos criar valores, desde a base do Botafogo com o futebol arte, desenvolver uma identidade clara na forma de jogar do clube, um modelo de jogo inerente a todas as categorias, baseado nesses valores transmitidos. Dessa forma, o time profissional terá raízes e uma forma clara de jogar. Até as contratações dos profissionais da área precisam ter a identificação com este projeto de formação. Já estamos em conversas com futuros parceiros, para viabilizar no primeiro ano de gestão, a construção do CT da Base.

FALAGLORIOSO:
7- Além dos patrocinadores atuais, também existe a chance de uma nova parceria, inclusive com clubes da Europa?

VINÍCIUS: Tudo o que for para divulgar a marca no exterior é importante, inclusive para buscar futuros atletas, mas esta relação tem que ser positiva para o clube e trazer resultado em curto prazo.

FALA GLORIOSO:
8- Como resgatar aquele torcedor que anda afastado dos estádios?

VINÍCIUS: Primeiro é montar um grande time e que seja identificado com a torcida, se não o processo fica invertido. Depois é fortalecer os laços com a nossa casa, chegou a hora de transformar o Engenhão na verdadeira casa alvinegra, criando uma identidade visual que tenha relação com o clube; Facilitar o acesso ao estádio, buscando uma interlocução com o Poder Público (Prefeitura e Estado), a Supervia, Metrô, Fetranspor e o Norte Shopping. Precisamos colocar transporte público de diversas regiões da cidade que facilitem a chegada dos alvinegros ao seu estádio. Para aqueles que utilizam transporte próprio, buscar soluções de facilidades de estacionamento e, a partir dele, transporte até o estádio. Dedicar entradas exclusivas para o Sócio Torcedor e o Sócio Proprietário, enfim, criar facilidades para que o jogo do nosso amado Botafogo, seja um evento em família.

FALA GLORIOSO:
9- Em caso de vitória da sua chapa, a mesma vai estar aberta a diálogo com pessoas das chapas concorrentes?

VINÍCIUS: Vamos ganhar esta eleição e retomar a história de conquistas do Botafogo. Com certeza, não só ter o diálogo, com trazer para a gestão. Quem assumir o clube, na atual situação, terá um grande desafio e não pode ter a prepotência de achar que irá administrar o clube apenas com o seu ciclo de relacionamento. O Botafogo precisa da união dos grandes alvinegros para voltar ao seu caminho de glórias. O diálogo também tem que acontecer permanentemente com os poderes internos do clube, como o Conselho Deliberativo.

FALA GLORIOSO:
10- Fale um pouco da sua trajetória dentro do clube e pessoal

VINÍCIUS: Sou formado em Administração de Empresas e Economia, atual Secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário da Prefeitura do Rio de janeiro, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, umas das maiores e mais importantes entidades sindicais do país, um dos conselheiros mais jovens do clube, membro atual do Conselho deliberativo do clube, também nas duas gestões do ex-presidente Bebeto de Freitas. Mesmo fora da direção, venho dentro das minhas possibilidades, ajudando o clube e diversas gestões. Membro do Movimento Carlito Rocha, grupo político interno. Tenho grande presença na arquibancada, onde fui membro das torcidas: Copa Fogo, refundador da Torcida Jovem e presidente da Força Independente.

FALA GLORIOSO:
11- Você tem algum parentesco com o atual presidente?

VINÍCIUS: Temos o mesmo sobrenome, “Assumpção”, mas não temos qualquer parentesco, conheci o Maurício no clube, na sua primeira gestão. Tenho o maior respeito pela sua figura, como tenho por todos que abdicam da sua vida pessoal para fazer algo de bom para o clube. A política não pode ser de ataques pessoais, como acontece, inclusive dentro do clube. Tem que ser no debate das ideias e de posições.

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