Após a renúncia de Christian Queipo, eleito diretamente entre os funcionários, para representar os trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, a direção da petrolífera informou que não vai cumprir a legislação, que determina a posse do segundo mais votado na eleição, Danilo Silva, que é técnico de manutenção da Refinaria de Paulínea - Replan-SP.
Danilo que recebeu mais de 5 mil votos de trabalhadores do sistema Petrobrás, foi informado, na última segunda-feira (17), que está impedido de assumir a vaga dos trabalhadores no CA. A empresa alegou "potencial conflito de interesse".
A Petrobrás alega que este conflito de interesses, é em virtude do Danilo já ter sido conselheiro de uma empresa com a qual a Petrobrás tem contratos. Esta alegação não faz o menor sentido e o que está por trás da decisão é afastar cada vez mais o funcionalismo, dos fóruns de decisões estratégicas da empresa para que tenham caminho aberto para a entrega da Petrobrás ao capital privado internacional.
Danilo se desligou da empresa Totvs, em abril de 2017, portanto a mais de um ano e por isto não tem qualquer conflito de interesse nisso. "Além do mais, durante o período em que atuei como conselheiro da empresa, não deliberei sobre qualquer contrato relacionado com à Petrobrás". Diz Danilo Silva.
Enquanto tenta impedir a participação dos trabalhadores no Conselho de Administração, a alta direção da Petrobrás joga no lixo todas as regras de governança ao permitir que um gestor do mercado tenha livre acesso às informações confidenciais da empresa”, afirma Danilo, segundo reportagem exclusiva da agência Reuters. Ele se referiu ao economista Castello Branco, indicado pela equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para o comando da Petrobrás, que, mesmo antes de tomar posse, já está instalado na companhia, tomando decisões.
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