terça-feira, 28 de agosto de 2018

BOTAFOGO: BASE FALTA O ALGO A MAIS

O trabalho do futebol de base vem relavando diversos jogadores nos últimos anos. Mas o Botafogo não consegue transformar este trabalho num processo de formação de uma grande equipe no futebol profissional, apesar do bom trabalho do Manoel Renha, atual vice-presidente de futebol amador do clube, faz nas divisões de base, mesmo com todas as dificuldades encontradas.

Fazendo um apanhado sobre diversos nomes revelados percebo que falta alguma coisa na transição entre a base e o profissional. Nomes que subiram como grandes promessas e tiveram poucas oportunidades, como: Luiz Henrique, Vinícius Tanque, Fernando, Marcelo, Kanu, Yuri, Jordan, Lucas Campos, Alisson, Igor Cássio, Helerson, Gilberto, Jadson, Lindemberg, Dierson, Gustavo Buchecha, Octávio, Alex, Cidinho, Ribamar, Saulo, Victor Hugo, Caio, Diego, Daniel, Grone, Gerson Jr, entre outros. Alguns se tornaram bons jogadores, outros são titulares, sumiram, dispensados, vendidos, emprestados ou o clube perdeu.

Mas ainda não revelamos um jogador que pudesse fazer a diferença e que fosse valioso para os cofres do clube, como nossos adversários fizeram. Mesmo aqueles que se destacaram, com exceção do Vitinho, não renderam o dinheiro que o clube precisa. Seja por terem saído de graça, casos de Gabriel, Daniel, Lyanco e Andrei, quase de graça como o Caio Canedo ou ainda estão no clube, como o Igor Rabello, Matheus Fernandes, Marcinho e Gustavo Buchecha, muitas vezes, contestados pela torcida.

Falta alguma coisa nessa transição, talvez, a formação de uma equipe sub-23 ajudasse no amadurecimento dos nossos jovens. O que não é feito em função da situação financeira do clube, mas precisa ser melhor avaliado e encarado como parte do processo de formação dos atletas. Vale lembrar que a FIFA considera que a formação vai até os 23 anos.

Talvez o futuro Centro de Treinamento possa resolver isto. Mas os núcleos pelo país precisam ser revitalizados com total integração com o Departamento de Futebol Amador. Recriar o "núcleo" de "olheiros" por todos estados da federação e qualificar os profissionais que trabalham com a base, dando espaço para que ex-atletas do clube possam atuar como treinadores, preparadores físicos, treinadores de goleiros ou em qualquer outra função onde possam transmitir aos atletas e demais profissionais todo o conhecimento e vivência que acumularam em suas carreiras. A criação de uma forma de jogar única em todas as categorias, já implementado pelos maiores clubes do mundo, facilita a adaptação aos profissionais.

A torcida também precisa ter um pouco mais de paciência com os nossos meninos. Lembro bem do Luiz Henrique que subiu com fama de artilheiro e foi jogado aos leões para resolver o que ainda não estava preparado. O Cidinho destruindo na base, subiu como grande promessa e nunca foi o mesmo, hoje joga na segunda divisão da França. O Renan Gorne, em todas as divisões de base fazia mais gols que o Pedro, que hoje estourou no Fluminense, volta de empréstimo, mas até agora não teve oportunidades. O Matheus Fernandes e o Marcinho são bons jogadores e precisam de mais rodagem.

O trabalho vinha conseguindo resultados em campo, como o título brasileiro do sub-20, mas não descobrimos um craque. Hoje, temos um atacante no sub15, Matheus Nascimento e Jhonata como boas revelações, inclusive jogando na seleção brasileira de base. O Zezinho Machado no sub-14, que tratam como grande promessa. O Raí, meia/volante do sub-17, são algumas "jóias" que precisam ser lapidadas. Acho que a saída do Barroca foi uma grande perda.

Na equipe profissional tem alguns jogadores, oriundos da base, que podem em breve ajudar a equipe, mas precisam ser melhores trabalhados, como: Marcelo, Kanu, Yuri, Gustavo e Helerson.

A base precisa ser tratada como a "joia da coroa", pela falta de receitas, como oportunidade de recursos no futuro e a chance de criar uma grande geração.

2 comentários:

  1. O grande trabalho do Manoel Renha esbarra na falta de estrutura e dinheiro. Bom texto, que demonstra que o Botafogo precisa ainda melhorar neste setor.

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  2. Belo trabalho feito por quase 10 anos, agora não "criamos" nenhum craque

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