quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

OS TRABALHADORES NÃO PODEM PAGAR A CONTA PELA CRISE

Dilma ganhou as eleições com o discurso que não iria tirar direitos dos trabalhadores
Pelo andar da carruagem quem vai pagar a conta do ajuste fiscal que o atual governo pretende fazer é a classe trabalhadora. Com isto as centrais sindicais resolveram, em reunião na última terça-feira, dia 13, ocupar as ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Este ajuste fiscal é apenas comemorado pelos patrões, com ajuda da mídia que passa uma versão positiva e necessária. Estas primeiras atitudes do governo da presidenta Dilma Rousseff, mostra claramente o descumprimento da "pauta trabalhista" que foi defendida no processo eleitoral.

As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB) manifestam sua contrariedade às duas Medidas Provisórias do Governo Federal (MP 664 e MP 665), que foram editadas bem no final do ano e sem qualquer debate com a sociedade e as representações sindicais. Com um discurso bem parecido da época dos governos do PSDB, reduzem direitos referentes ao seguros-desemprego, pensões, auxílio-doença, abono salarial do PIS-Pasep, entre outros.

Agora é ocupar as ruas e denunciar mais essa tentativa de fazer a classe trabalhadora pagar a conta da crise. O atual governo tinha se comprometido dialogar previamente com as representações sindicais, eventuais medidas que afetassem a classe trabalhadora e não foi isto que aconteceu e além de quebrar o compromisso de campanha, que iria manter os direitos trabalhistas.

A primeira atividade marcada de todos as centrais sindicais, será o Dia Nacional de Luta dos Empregos e dos Direitos, que ficou para 28 de janeiro, onde em todo o país deverão ocorrer paralisações, atos e assembleias e no dia 26 de fevereiro teremos a Marcha da Classe Trabalhadora, em São Paulo.

Os trabalhadores não podem pagar pela crise e os ajustes na economia não podem ser feitos à custa da classe trabalhadora. A unidade de ação das representações sindicais sará fundamental para barrar o processo de retirada dos direitos trabalhistas, diante de um cenário de crise e com isto aumentando o desemprego.

Leiam abaixo a nota das Centrais Sindicais 


Em defesa dos direitos e do emprego

As Centrais Sindicais também expressam sua total solidariedade à luta contra as demissões de trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen e Mercedes Benz ocorridas também na virada do ano e consideram que a sua reversão é uma questão de honra para o conjunto do movimento sindical brasileiro. As Centrais Sindicais consideram inaceitável que as montadoras, empresas multinacionais que receberam enormes benefícios fiscais do governo e remeteram bilhões de lucros às suas matrizes no exterior, ao primeiro sinal de dificuldade, demitam em massa.

As Centrais Sindicais também exigem uma solução imediata para a situação dos trabalhadores e trabalhadoras das empreiteiras contratadas pela Petrobrás; defendem o combate à corrupção e que os desvios dos recursos da empresa sejam apurados e os criminosos julgados e punidos exemplarmente. No entanto, não podemos aceitar que o fato seja usado para enfraquecer a Petrobras, patrimônio do povo brasileiro, contestar sua exploração do petróleo baseada no regime de partilha, nem sua política industrial fundamentada no conteúdo nacional, e, muito menos, para inviabilizar a exploração do Pré-Sal. As Centrais também não aceitam que os trabalhadores da cadeia produtiva da empresa sejam prejudicados em seus direitos ou percam seus empregos em função desse processo.

Por fim, as Centrais Sindicais convocam toda sua militância para mobilizarem suas bases e irem para ruas de todo país no próximo dia 28 de Janeiro para o Dia Nacional de Lutas por emprego e direitos. Conclamam, da mesma forma, todas as suas entidades orgânicas e filiadas, de todas as categorias e ramos que compõem as seis centrais, a participarem ativamente da 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, prevista para 26 de Fevereiro, em São Paulo, para darmos visibilidades às nossas principais reivindicações e propostas.

Fonte: Viomundo e CUT Brasil

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