sexta-feira, 9 de setembro de 2016

BANQUEIROS DESVALORIZAM OS BANCÁRIOS

Em nova rodada de negociação que aconteceu nesta sexta (09), em São Paulo, os banqueiros voltaram a provocar os bancários e apresentaram uma proposta que sequer repõe a inflação do período que foi de 9,62%.

Na mesa de negociação, os banqueiros disseram que este ano não podem apresentar uma proposta com a reposição da inflação do período, por causa da crise. Isto não pode ser sério! Os bancos, apesar da crise, continuam lucrando bilhões e estão imunes a crise econômica. Na verdade estão rezando na cartilha do governo golpista do Michel Temer e querem derrotar os trabalhadores. 

A proposta aumentou 0,5% no reajuste do salário em relação a primeira apresentada a categoria e colocaram mais R$ 300,00 no abono. Veja como ficou a proposta.

REAJUSTE:
6,5% para 7,0% (Perda em relação a inflação de 2,39%)

ABONO:
R$ 3.000 para R$ 3.300 (Parcela única e não incorporada aos salários)

PLR:
Regra básica: 90% do Salário mais R$ 2.163,31, limitado a R$ 11.605,13. Se o total ficar abaixo a 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com o teto de R$ 25.531,27

Parcela Adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos os funcionários, como teto de R$ 4.326,63 


DEMAIS ITENS:
Piso portaria após 90 dias - R$ 1.474,05.
Piso escritório após 90 dias - R$ 2.114,43.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.856,31 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.297,99, limitado a R$ 6.963,08 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.163,31.
Auxílio-refeição - R$ 31,71.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 525,96.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 422,33.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 361,30.
Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).
Gratificação de compensador de cheques - R$ 164,12.
Requalificação profissional - R$ 1.444,18.
Auxílio-funeral - R$ 966,02.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 144.500,53.
Ajuda deslocamento noturno - R$ 101,15.

Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

O Comando Nacional da Categoria rejeitou em mesa a proposta e nova rodada de negociação foi marcada para a próxima terça-feira. A greve continua e deve ser reforçada pelos bancários para pressionar ainda mais a mesa.

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