quarta-feira, 27 de setembro de 2017

BRASIL ENTRE OS 10 PAÍSES MAIS DESIGUAIS DO MUNDO

Vivemos tempos de muita violência no Brasil inteiro, mas parcela da população se recusa a relacionar o aumento dos números da violência ao aumento da concentração de renda e a pobreza.

Hoje, os 5% dos mais ricos do país, detêm a mesma fatia da renda que outros 95% da população. Os seis mais ricos do Brasil, são: Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Erminio Moraes (Grupo Votorantim). Juntos, eles concentram a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira, cerca de 207 milhões.

Os super ricos, que são 0,1% da população brasileira hoje, ganham em um mês o mesmo que uma pessoa ganha em 19 anos, recebendo o salário mínimo nacional, que hoje corresponde a 23% da população brasileira.

Resultado da inclusão social entre 2004 e 2015. Reversão em 2017.
O Brasil chegou a avançar rumo a correção das desigualdades, com forte apoio governamental nos programas sociais. Mas a medida que o atual governo desfaz toda política social do governo anterior, a concentração de renda aumenta. A base da pirâmide engorda e o topo fica cada dia mais fino.

Neste ano o Brasil despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, figurando entre os 10 mais desiguais do mundo. Na América Latina, só fica atrás da Colômbia e de Honduras.

Enquanto a sociedade não se entender que precisa diminuir a desigualdades sociais, ou viveremos no inferno da violência. Mais polícia, truculência não resolvem os problemas. Precisamos pensar alternativas e para isto, parcela importante da nossa sociedade tem que entender que precisa ceder.

No início dos anos 2.000, o Brasil experimentou a redução das desigualdades e por isto a violência e a pobreza diminuíram em todo o território nacional. O governo federal apostou nos programas sociais e parcela importante da população saiu da extrema pobreza e outra foi incluída na classe média. Com atual política social e econômica, o Brasil vai devolvendo milhões de brasileiros para a pobreza e a classe média vai diminuindo. Enquanto o topo da pirâmide vai engordando e acumulando riqueza.

Fonte: estudo sobre desigualdade social realizado pela Oxfam.

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