sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

ENTENDA O QUE QUEREM FAZER COM SUA APOSENTADORIA

Apesar de diversos estudos apontar que a Previdência Social é superavitária, mesmo assim, o futuro governo Bolsonaro tem a Reforma da Previdência como ponto prioritário, nos primeiros meses de governo.

Nas falas dos integrantes do governo, apontam para uma Reforma que acaba de vez com a lógica solidária da previdência e institui a conta individual, baseada no modelo chileno, que fracassou e agora busca alternativas.

O Chile colocou em prática algo que só existia em livros teóricos de economia: cada trabalhador faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual, em vez de ir para um fundo coletivo. Enquanto fica guardado, o dinheiro é administrado por empresas privadas, que podem investir no mercado financeiro.

Trinta e cinco anos depois, porém, o Chile vive uma situação insustentável, segundo sua própria presidente, Michelle Bachelet. O problema: O baixo valor recebido pelos aposentados. Quando o novo modelo começa a produzir os seus primeiros aposentados, o baixo valor das aposentadorias chocou: 90,9% recebem menos de 149.435 pesos (cerca de R$ 694,08). Os dados foram divulgados em 2015 pela Fundação Sol, organização independente chilena que analisa economia e trabalho, e fez os cálculos com base em informações da Superintendência de Pensões do governo. O salário mínimo do Chile é de 264 mil pesos (cerca de R$ 1,226.20).

A reforma chilena só quem ganhou foram os bancos e os fundos de previdência privada, que no inícios eram em torno de oitenta instituições e hoje são apenas seis, que administram um bolo que vale 80% o PIB (produto Interno Bruto) do país. Ou seja, alguns ganharam muito e os aposentados estão na miséria. É este modelo que o Bolsonaro e sua equipe, querem implementar no Brasil.

Vejam algumas comparações se um trabalhador contribuir durante 35 anos, com um valor de R$ 76,32. Na PREVIDÊNCIA PRIVADA, o trabalhador irá receber R$ 224,95. Na PREVIDÊNCIA SOCIAL, irá receber R$ 954,00.

NO CHILE: Em 1981, a ditadura Pinochet adotou o modelo de capitalização, o mesmo que o Bolsonaro quer para os aposentados brasileiros, sem a proteção do estado e sem a contribuição dos patrões. São contas individuais, onde só o trabalhador contribui, tendo suas contas administradas por fundos privados e com taxas administração. UMA TRAGÉDIA! Hoje os trabalhadores chilenos que se aposentarem ganhando R$ 2.635,00*, ele irá receber R$ 870,00* (homens) e R$ 660,00* (mulheres). Isto significa metade do salário mínimo do país.

NO MÉXICO: Em 1997, adotou a mesma lógica, mas como boa parte da população não tem carteira assinada e não conseguem contribuir para a Previdência, vão ficar sem aposentadoria ao chegarem aos 65 anos. isto já ocorre com 77% dos idosos do país, onde 45% da população vive abaixo na extrema pobreza.

Agora só tem uma saída, o povo nas ruas lutando pelos seus direitos, ou o direito a aposentadoria irá para o lixo, aumentando as desigualdades sociais do país.

*valores convertidos de Pesos para Real

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