sexta-feira, 6 de maio de 2016

ECONOMIA BRASILEIRA DEMONSTRA RECUPERAÇÃO, DIZ FINANCIAL TIMES


O jornal britânico "Financial Times" afirma, em reportagem publicada na edição desta terça-feira (3), que a economia brasileira está começando a mostrar sinais de recuperação, mas que isso deve acabar beneficiando o vice-presidente Michel Temer, que assume caso Dilma seja afastada pelo Senado no processo de impeachment.

A reportagem afirma que é uma "ironia" que, enquanto o Senado se prepara para votar seu afastamento, provavelmente no dia 11, a economia, começa ganhar pulso

A reportagem afirma que indicadores como a expectativa da inflação estão começando a melhorar e diz que Dilma nomeou, no ano passado, o ministro da Fazendo Joaquim Levy para "tentar desfazer alguns dos erros dela".

Segundo o "FT", algumas medidas tomadas por Levy, como o fim do controle de preços, começam a mostrar resultado. Apesar de a alta de preços ter gerado inicialmente um aumento pontual da inflação, a tendência foi contida pela manutenção da taxa básica de juros em 14,25%, acrescenta o artigo.

A desvalorização acentuada sofrida pelo real no período mais agudo da crise política tem ajudado o Brasil a diminuir o defict em conta corrente e aumentar a confiança do setor exportador. Isto, combinado com a manutenção das reservas cambiais em um nível elevado, tem mantido o interesse dos investidores internacionais.

O reflexo é visível com a entrada de US$ 16,9 bilhões de investimento externo no primeiro trimestre desse ano superando os US$ 13,1 bilhões registrados em igual período do ano anterior.

"Se você resolver a crise política, a recuperação econômica pode acontecer", disse Ricardo Camargo, da consultoria Prospectiva, à publicação.

 E está melhorando mesmo. Veja o que diz a agência de notícias Reuters nesta terça feira:

Mercado projeta melhora para atividade econômica em 2017

As expectativas dos economistas para a inflação em 2016 continuaram a melhorar, como vem ocorrendo nos últimos dois meses, e a perspectiva para a atividade econômica parece ter parado de piorar. Ao mesmo tempo, ao longo das últimas duas semanas, o mercado começa a ver uma perspectiva melhor para a economia em 2017. A expectativa de inflação está se distanciando do teto da meta, de 6%, enquanto houve dois pequenos ajustes para cima na estimativa do Produto Interno Bruto (PIB). Também se espera juros ainda menores no ano que vem.

De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016 caiu pela oitava semana, de 6,98% para 6,94%. A aposta, contudo, ainda segue acima do teto da meta, de 6,50%, para o período. A projeção em 12 meses também recuou, pela quarta semana, de 6,20% para 6,19%.

Para 2017, o recuo das estimativas foi um pouco mais intenso, de 5,80% para 5,72%. Entre os analistas Top 5, a mediana do IPCA para 2016 seguiu em 7,05%, mas a de 2017 recuou de 6% para 5,90%.

Esse recuo nas estimativas de inflação são acompanhados por melhora nas projeções para os preços administrados, que devem subir 6,95% neste ano e 5,73% no ano que vem. As previsões anteriores eram de 7% e 5,80%. A previsão para o dólar também caiu, de R$ 3,80 para R$ 3,72 no fim de 2016, e de R$ 4 para R$ 3,91 no fim de 2017.

Quanto à atividade, os economistas continuaram a ajustar a previsão para o PIB de 2016 para baixo, mas com menor intensidade. A estimativa passou de queda de 3,88% para retração de 3,89%. A expectativa para 2017 foi ajustada para cima pela segunda semana, desta vez de crescimento de 0,30% para 0,40%.

Após vários ajustes, os economistas mantiveram a projeção para a taxa Selic em 13,25% ao fim deste ano. Na semana passada, ao decidir manter o juro em 14,25%, o Comitê de Política Monetária (Copom) disse que apesar dos avanços na política de combate à inflação, o nível dos preços em 12 meses continua elevado e as expectativas seguem distantes dos objetivos do regime de metas. Analistas consideram que o comunicado do Copom sinaliza que o colegiado pode começar a reduzir a taxa Selic no segundo semestre deste ano.

No Focus, a expectativa para a Selic ao fim de 2017 recuou de 12% para 11,75%. Entre os analistas Top 5, as estimativas seguiram em 13,38% para 2016 e 12,25% para 2017.

Produção industrial no Brasil sobe 1,4% em março, diz IBGE

(Reuters) - A produção industrial brasileira registrou alta de 1,4 por cento em março na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 11,4 por cento. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 1,6 por cento na variação mensal e de queda de 10,8 por cento na base anual.

Um comentário:

  1. A Dilma fez os acertos na economia que gerou desemprego e mais miséria, ela saiu e economia começa a dar resultados e o Temer é que vai ter as glórias..... Valeu a pena maltratar o trabalhador???

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