quinta-feira, 7 de março de 2019

BANQUEIROS MANDAM NO GOVERNO E NO JUDICIÁRIO

Ministra Rosa Weber que atendeu o pedido absurdo dos banqueiros
Para quem não acreditava que o "sistema" está de vez nas mãos dos banqueiros, está ai a prova. Eles entraram com uma ação no STJ/RJ e depois retiraram o pedido, afinal alguém duvida que já tinham negociando antecipadamente com a alta cúpula do judiciário?

Entraram com o pedido de suspensão do feriado, através de uma liminar, na sexta-feira e no apagar das luzes do expediente, os banqueiros conseguiram, com a presidenta do Supremo Tribunal Federal-STF, a liminar, não dando nem tempo de reação para a procuradoria da ALERJ, onde foi aprovada a Lei, com articulação dos sindicatos dos bancários.

Com isto, a decisão da ALERJ será avaliada somente pelo Pleno do Tribunal, afinal foi uma liminar da presidenta, Rosa Weber. O engraçado é que os trabalhadores estão sendo massacrados nos seus direitos pelo atual governo e o mesmo STF se mantém em silêncio, inclusive com algumas atitudes que ferem a nossa constituição.

Esta é a diferença de um governo que escuta a classe trabalhadora antes de tomar suas decisões e um governo que só escuta o outro lado, os banqueiros e patrões. 

Não bastasse a liminar absurda, onde bancários perderam até diárias em hotel já contratadas, tiveram que voltar as pressas de suas viagens. Além de expor a categoria a violência, inclusive de clientes inconformados com a falta de dinheiro nas unidades, afinal, os cofres já tinham sido programados para abrir apenas na quinta-feira.

Vejam abaixo a nota do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. 


Fomos surpreendidos, durante o desfile do Bloco dos Bancários, nesta sexta-feira, 1/3, com a notícia de que o feriado bancário da quarta-feira de cinzas, havia sido suspenso.

A Ministra Rosa Weber deferiu um pedido de liminar em ação cautelar proposta pela Consif -Confederação Nacional do Sistema Financeiro, sem entrar no mérito da questão. Ou seja, não analisou se a Alerj é competente para legislar sobre o feriado, deixando a decisão para o pleno do STF.

A divulgação ocorreu após o encerramento do expediente bancário, quando a maioria da categoria já havia deixado o local de trabalho.

Considerando que a suspensão de medida cautelar é atribuição do presidente do STF ou do pleno e que os Sindicatos, a Federação e a Contraf/CUT não são parte na Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade, proposta pelos bancos, buscamos, imediatamente, um contato com o deputado André Ceciliano, presidente da Alerj e um dos autores da lei, além do deputado Gilberto Palmares, solicitando que adotasse  junto a Procuradoria da Assembleia Legislativa as medidas cabíveis para tentar reverter a decisão.

Diante do exposto, entendemos que os bancários devem comparecer ao trabalho na quarta-feira de cinzas.

O Sindicato repudia a irresponsabilidade e falta de sensibilidade dos banqueiros que colocam em risco a integridade física dos bancários e a segurança das agências, pois é sabido que em muitas dependências os cofres foram programados para serem abertos somente na quinta-feira e que em muitas agências poderá ocorrer a insuficiência no quadro de vigilantes.

Vamos buscar que a Contraf/CUT possa fazer parte dessa demanda judicial, para defender os interesses da categoria.

Por fim, caso a constitucionalidade da lei seja reconhecida pelo STF, o Sindicato promoverá ações de cobrança de horas-extras por trabalho em feriado.

Diretoria Sindicato dos Bancários do Rio

#SóALutaTeGarante
#Maisumgolpenotrabalhador
#STFdesrespeitaAlerjebancários

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