O Brasil tem sustentado uma crescente melhora na qualidade de seus vinhos. Atingindo um sucesso cada vez maior na produção de rótulos, que priorizam a qualidade e a elegância, o país revela uma identidade própria e única em cada variedade elaborada pelas mãos de excelentes produtores. Apesar disso, o consumo de vinhos no país ainda é relativamente baixo. Estima-se que cada habitante brasileiro consome, em média, 1,8 litros da bebida anualmente.
São Paulo e Paraná merecem destaque na produção dos vinhos brasileiros, mas a maior parte da produção está concentrada no Rio Grande do Sul, com produtores distintos como a pequena Vallontano que, com muita dedicação e perseverança, busca produzir quantidades limitadas dos vinhos que melhor reflitam o terroir e o clima de seus ótimos vinhedos em Bento Gonçalves.
Sua filosofia é muito parecida com a dos pequenos produtores europeus representados pela Mistral. O talentoso enólogo Luis Zanini produz vinhos em estilo próprio, que buscam a tipicidade e a identidade regionais, sem tentar copiar os tintos de outros países da América do Sul. Por sua boa acidez - característica do clima e do solo - são vinhos talhados para acompanhar comida, e não para degustações. A casa produz dois ótimos espumantes: o Espumante Brut, seco e elegante, um corte de Chardonnay e Pinot Noir; e o Espumante Moscatel, delicadamente adocicado.
Entre os tintos, see Tannat é muito reputado, tendo sido escolhido um dos cinco melhores vinhos brasileiros por Ed Motta. O saboroso Cabernet Sauvignon é o tinto mais acessível da casa, enquanto os Reserva Cabernet Sauvignon e especialmente o ótimo Reserva Merlot, ambos envelhecidos em carvalho por 12 meses, são exemplos do que a Serra Gaúcha pode produzir de melhor. São todos vinhos de produção muito pequena, com garrafas numeradas.
Apesar da supremacia gaúcha, ainda podem ser encontradas áreas vinícolas em Santa Catarina e no Nordeste. Em Santa Catarina, por exemplo, as uvas possuem maior concentração de aromas, graças ao amadurecimento mais lento que apresentam, condição influenciada pelas altitudes onde os plantios de vinhedos estão localizados, entre 900 e 1.400 metros em relação ao nível do mar.
Já no Nordeste, o maior destaque fica para a região do Vale do São Francisco. Ainda que a área sofra com a baixa incidência de chuvas, as plantações de uvas recebem sistema de irrigação artificial, podendo originar até duas safras por ano.
O Brasil cultiva em seus vinhedos diversos tipos de uvas estrangeiras, entre elas as castas tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat, Pinot Noir, Gamay, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Syrah. Já no caso das uvas brancas, o destaque fica por conta das uvas Riesling, Sémillon, Chardonnay e Trebbiano, além da mais plantada entre todas as outras, a Moscato Branca.
O país tem sido bastante lembrado e comentado quando o assunto é vinhos espumantes. O clima tropical quente do Brasil é ideal para o cultivo de uvas ácidas, que denotam um caráter fresco e aromático para os rótulos que vem agradando os mais exigentes paladares dos especialistas.
Fonte: Site Mistral
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela participação!