O magnífico repórter André Barrocal e o incomparável Hélio de Almeida, autor da capa, mostram na edição da Carta Capital que chega aos leitores nessa sexta-feira 5/1 que o ladrão presidente vai morrer onde nasceu: no Porto de Santos.
Barrocal trata, primeiro, de escutas da Polícia Federal em que o "homem da mala", o Rocha Loures, negocia com o dono da Rodrimar um decreto presidencial de maio de 2017, quando o ladrão já presidenciava.
O ministro Barroso, do STF, deu 15 dias ao ladrão presidente para responder a perguntinhas da PF sobre o assunto.
A outra patranha é mais cabeluda ainda.
Barrocal trata de "uma bilionária disputa, a maior do setor portuário, a envolver outra família das relações de Temer, os Torrealba", da imaculada Libra.
Envolve a bagatela de R$ 2,8 bilhões que a Companhia das Docas de Santos cobra da Libra.
A Libra é doadora gorda do PMDB de Temer.
Estão entalados na Libra e nessa patranha o Eduardo Cunha - aquele que o Procurador Janot manteve vivo até que perdesse a serventia - e o "Primo" Padilha.
O litígio será resolvido no centro de arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, em São Paulo.
E "só por uma grande surpresa", diz Barrocal, "Libra escapa da derrota".
Quem assinou o contrato da Docas de Santos com a Libra foi o notório Marcelo Azeredo, "que acendia charutos com dólar e costumava ir trabalhar de helicóptero", conta Barrocal.
Azeredo começou a dirigir a Docas pelas mãos virginais do Príncipe da Privataria.
Azeredo só deixou a nobre função (teria sido Temer quem mandou o Farol de Alexandria nomeá-lo?) quando a ex-mulher, a jovem incauta Érika Santos, foi à Justiça e demonstrou que Azeredo, o ladrão presidente e o notório coronel Lima dividiam o rachuncho das propinas do Porto de Santos, como demonstrou irretocavelmente o Marcelo Auler.
Barrocal termina a impecável reportagem de forma esclarecedora:
"O trio (de irmãos Torrealba) deu oficialmente quase um milhão de reais ao "decorativo" e 750 mil ao PMDB fluminense (do Cunha). A matriarca, Zuleika Torrealba, deu um milhão de reais à direção nacional do PMDB, na época controlada pessoalmente por Temer", o MT da lista de alcunhas da Odebrecht.
Precisa desenhar, amigo navegante?
Por: PHC - Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada
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