quarta-feira, 22 de abril de 2015

REFORMA POLÍTICA, JÁ!


O Brasil e a sociedade brasileira, precisam enfrentar de frente este debate da Reforma Política, que até agora não chegou a maioria da população brasileira. Este debate está restrito aos intelectuais e aos políticos. O trabalhador de carteira assinada, nem sabe o que isto o afeta.

Enquanto perdurar o financiamento privado de campanha, os interesses dos deputados eleitos (a maioria), serão para quem os financiou e não para quem votou. Criando assim distorções e sequestrando a democracia brasileira. 

Hoje a maioria do Congresso, representa a minoria na nossa sociedade. As mulheres, negros, trabalhadores são maioria na sociedade, mas são minoria no congresso, porque quem se elege, são aqueles que conseguem financiamento privado e fazem as campanhas milionárias.

O Brasil precisa urgente de uma Reforma Política de verdade. Acabar com o financiamento privado, o principal incentivador da corrupção e a improdutividade parlamentar. Assim os parlamentares atuam como mero lobistas no atendimento das pautas dos interesses privados, deixando de lado temas de interesse da população.

É preciso ter uma legislação mais dura que proíba a infidelidade partidária. Precisamos fortalecer a figura partidária, assim ficará mais claro para o eleitor, o que o partido pensa sobre alguma questão que o interessa. Hoje os partidos, são meros CNPJ para fins cartoriais. Tivemos em algumas legislaturas, partidos saindo com uma bancada das eleições (vontade do povo) e na posse, alguns meses depois, este mesmo partido tinha quase que dobrado a sua bancada eleita.

As coligações partidárias não obedecem nenhum critério de proximidade ideológica entre as siglas. É um balaio de gato enorme. Será preciso estabelecer algum tipo de critério para as coligações, principalmente no municípios e estados. Um partido apóia um candidato a presidente e no estado faz parte de uma coligação, que apóia o candidato da oposição nacional. Isto confunde a cabeça do eleitor e só serve para atender os interesses individuais das candidaturas.

Defendo o voto em lista partidária ou o voto misto, que seria o voto no partido e no candidato para ordenar a lista. Acho que assim os partidos políticos iriam olham com muito carinho a sua lista partidária e suas propostas seriam mais claras para o eleitor. Por exemplo: O PT defende contra a Maioridade Penal, isto precisa ficar claro para o eleitor que acha este tema importante. Depois de votar na legenda, ele votaria num candidato, indicado na lista do partido e assim ordenaria este lista, com o seu voto. Se o PT numa eleição conquistou 5 vagas, iriam entrar os 5 mais votados da lista.  

Isto reforçaria a sigla partidária e acabaria com os partidos cartoriais, que mais parecem capitanias hereditárias. Hoje tem presidente de partido político, que  tem dono e faz disto seu meio de vida, "balcão de negócios".

Tenho a certeza que precisamos de uma ampla Reforma Política,  mas não pode ser com este Congresso todo comprometido, com os interesses privados. É preciso eleger uma Assembléia Constituínte para este fim.

Um comentário:

  1. Carlos Alberto Rocha22 de abril de 2015 às 11:53

    Não sei se esta reforma que você está propondo, mas tenho a clareza que precisamos mudar o nosso processo eleitoral e tirar a influência do capital privado

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