Joaquim Barbosa assumiu a presidência de uma Suprema Corte manchada pela nódoa
de um julgamento político conduzido contra lideranças importantes da esquerda
brasileira. Monocraticamente, como avocou e demonstrou inúmeras vezes, mas
sempre com o apoio indutor da mídia conservadora, fez o trabalho como e quando
mais desfrutável ele se apresentava aos interesses historicamente retrógrados da
sociedade brasileira --os mesmos cuja tradição egressa da casa-grande deixaram
cicatrizes fundas no meio de origem do primeiro ministro negro do Supremo.
Arriadas as bandeiras da festa o espelho da história perguntará nesta noite e a
cada manhã ao juiz: -- E agora Joaquim? O mesmo relho, o mesmo "domínio do
fato", o mesmo atropelo das provas orientarão o julgamento da Ação Penal 536 , o
"mensalão mineiro"? Coube a Genoíno,já condenado --e também a Rui Falcão,
presidente do PT-- fixar aquela que deve ser a posição de princípio da opinião
progressista diante da encruzilhada de Barbosa: "Não quero para os tucanos o
julgamento injusto imposto ao PT". Mas a Joaquim fica difícil abrigar o mesmo
valor sob a mais suprema das togas. Sua disjuntiva é outra.
Fonte: Carta Maior; 6ª feira -
23/11/2012 e www.bancariosrio.org.br
COERÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
ResponderExcluirRoberto Jefferson (PTB) – 4 milhões – igual a 7 anos e 14 dias;
Pedro Henry (PP) – 3 milhões – igual a 7 anos e 2 meses;
Valdemar Costa Neto (PR) – 8 milhões – igual a 7 anos e 10 meses;
João Paulo Cunha (PT) – 50 mil reais – igual a 9 anos e 4 meses.
Alguém disse que no STF os pretos, as prostitutas, os pobres e os petistas são tratados diferentemente.
Deve ser porque é petista que o deputado que recebeu menos dinheiro vai ficar mais tempo preso.
Aliás, o único que vai direto para a prisão. Os outros terão direito ao regime semi-aberto.
O Supremo Tribunal Federal é um primor de coerência.