quarta-feira, 28 de novembro de 2012

E AGORA JOAQUIM?

Joaquim Barbosa assumiu a presidência de uma Suprema Corte manchada pela nódoa de um julgamento político conduzido contra lideranças importantes da esquerda brasileira. Monocraticamente, como avocou e demonstrou inúmeras vezes, mas sempre com o apoio indutor da mídia conservadora, fez o trabalho como e quando mais desfrutável ele se apresentava aos interesses historicamente retrógrados da sociedade brasileira --os mesmos cuja tradição egressa da casa-grande deixaram cicatrizes fundas no meio de origem do primeiro ministro negro do Supremo.
 
Arriadas as bandeiras da festa o espelho da história perguntará nesta noite e a cada manhã ao juiz: -- E agora Joaquim? O mesmo relho, o mesmo "domínio do fato", o mesmo atropelo das provas orientarão o julgamento da Ação Penal 536 , o "mensalão mineiro"? Coube a Genoíno,já condenado --e também a Rui Falcão, presidente do PT-- fixar aquela que deve ser a posição de princípio da opinião progressista diante da encruzilhada de Barbosa: "Não quero para os tucanos o julgamento injusto imposto ao PT". Mas a Joaquim fica difícil abrigar o mesmo valor sob a mais suprema das togas. Sua disjuntiva é outra.
Fonte: Carta Maior; 6ª feira - 23/11/2012 e www.bancariosrio.org.br

Um comentário:

  1. COERÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    Roberto Jefferson (PTB) – 4 milhões – igual a 7 anos e 14 dias;

    Pedro Henry (PP) – 3 milhões – igual a 7 anos e 2 meses;

    Valdemar Costa Neto (PR) – 8 milhões – igual a 7 anos e 10 meses;

    João Paulo Cunha (PT) – 50 mil reais – igual a 9 anos e 4 meses.


    Alguém disse que no STF os pretos, as prostitutas, os pobres e os petistas são tratados diferentemente.

    Deve ser porque é petista que o deputado que recebeu menos dinheiro vai ficar mais tempo preso.


    Aliás, o único que vai direto para a prisão. Os outros terão direito ao regime semi-aberto.

    O Supremo Tribunal Federal é um primor de coerência.

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