A poucos dias atrás tivemos um absurdo ataque terrorista, em plena Maratona de Boston, onde explodiram três bombas. Mas os grupos terroristas, tem uma outra "modalidade de ação" e que é muito mais difícil de combater. O Homem-Bomba. Por isto vamos tentar conhecer um pouco mais de suas origens.
Os primeiros terroristas suicidas que explodiam o próprio corpo apareceram entre os séculos 14 e 16. Naquela época, o Império Turco-Otomano vivia um perído de expansão. Uma das armas de seu Exército eram os guerreiros suicidas conhecidos como bashi-bazouks, que se precipitavam contra fortificações ou linhas de batalha do inimigo.
Depois vieram os anarquistas da Rússia czarista, os camicases japoneses durante a Segunda Guerra e os guerrilheiros vietnamitas a partir da década de 50. Mas é bom esclarecer que a expressão "homem-bomba" e a popularização da prática são bem mais recentes - mais precisamente, nos conflitos do Oriente Médio dos últimos 20 anos. Tudo leva a crer que a guerra entre Irã e Iraque (1980-1988) foi o marco fundante para essa cultura de terroristas explosivos.
Inspirados pelas ações de xiitas iranianos, grupos radicais palestinos como Hamas, Jihad Islâmica e a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa fizeram do homem-bomba sua arma favorita na luta contra Israel. Hoje, jovens são doutrinados em escolas muçulmanas ou mesquitas e recebem prêmios pelo "ato de fé" - o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein chegava a pagar 25 mil dólares para a família de um suicida. E a moda macabra já lança tendências: no Sri Lanka e na Chechênia já existem mulheres-bomba e, na Palestina, os terroristas não são mais mortos de fome sem perspectivas. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos homens-bomba palestinos vêm da classe média e têm boa educação.
Nós precisamos conhecer mais profundamente, os motivos e a história de luta dos povos de onde os Homens-Bombas saem. Assim, com mais conhecimento, poderemos combater este absurdo. Nada justifica matar inocentes, seja qual for a motivação, mais justa que ela seja.
Fonte: Mundo Estranho
Fonte: Mundo Estranho
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